Quando fui ao evento de apresentação do Zenbook A14, a nova grande aposta da ASUS para o mercado Português, confesso que fiquei imediatamente com um pé atrás. O design ultrafino e o peso reduzido deram-me aquela sensação de que estava perante um portátil demasiado frágil para o preço que a ASUS pede. Ou seja, que existiam alguns compromissos que poderiam ser demasiado “pesados” para a estrutura compacta e minimalista que o portátil apresentava.
Afinal, ninguém quer investir num equipamento premium e sentir que um descuido o pode transformar em lixo eletrónico. Mas, como em tantas outras coisas na vida, as primeiras impressões podem ser muito enganadoras.
Construção que engana bem! Além disso, é uma máquina!
O ZenBook A14 tem um aspeto diferente face ao que tenho a oportunidade de testar por parte da ASUS. Aliás, inicialmente deu-me a impressão de que qualquer pressão extra poderia fazer o chassi ranger ou, pior, partir-se. No entanto, após alguns dias de uso intensivo, o bicho provou que a sua estrutura é bem mais resistente do que parece.
A ASUS fez um excelente trabalho na distribuição do peso e na qualidade da dobradiça. É um portátil a sério que pesa pouco mais de 800g.
Além disso, o teclado, apesar de visualmente parecer pouco robusto, tem um feedback sólido, sem aquele afundamento barato que se encontra em portáteis menos conseguidos. Incrível para produtividade.
Performance. Outra aposta ARM!
A grande surpresa do ZenBook A14 está no seu processador Qualcomm Snapdragon X.
Esquece os tradicionais processadores Intel e AMD, porque este portátil aposta tudo nos chips ARM, e o resultado é de facto bastante interessante. Isto é especialmente verdade no lado eficiência energética, que é brutal, o sistema está bem otimizado e, para tarefas do dia a dia, como navegação, edição de documentos, streaming e até algumas aplicações mais pesadas… O desempenho é absolutamente brutal.
Claro que quem estiver à procura de um portátil para gaming hardcore ou edição de vídeo 4K intensiva pode querer olhar para outras opções, mas no segmento da produtividade, o ZenBook A14 cumpre sem esforço. Sendo uma das figuras de destaque para quem quer um portátil ultra-leve.
Autonomia que surpreende (e não é pouco)
Outra surpresa? A bateria.
Hoje em dia é fácil oferecer um portátil com mais de 10 horas de bateria. Mas… Aqui… Vamos às 20 horas. Aliás, já o uso há 3 dias, e só carreguei uma vez porque ia sair de casa e achei parvo não fazer um top-up. Para ter ideia… Estava a 80%.
Em suma, com uso misto, navegação, trabalho com documentos, streaming e umas chamadas em vídeo, o ZenBook A14 aguenta facilmente dois dias.
Vale a pena?
Se dependesse apenas da primeira impressão, teria descartado este portátil sem hesitar. Mas a experiência de utilização veio provar que o ZenBook A14 é um daqueles casos em que a aparência engana. O design pode parecer frágil à primeira vista, mas na prática, a ASUS criou um portátil fiável, potente e surpreendentemente resistente.
Podia era ser mais barato. Ainda assim… Moral da história? Nunca julgues um portátil apenas pelo aspeto.