Porquê é que a Xiaomi e Huawei criaram sub-marcas? – As fabricantes Chinesas de smartphones adoram criar sub-marcas ou mesmo empresas subsidiárias para vender mais e mais produtos, por vezes muito similares ou até iguais. Afinal de contas, temos o caso da Huawei com a Honor, a Xiaomi com a Redmi e POCO. E até a Oppo com a OnePlus e mais recentemente, com outra marca que começa a fazer sucesso, a RealMe!
Isto é algo que sempre me incomodou… Porquê é que estas empresas, criam uma outra empresa ou uma sub-marca, para vender os mesmos produtos?
Na verdade, não é difícil olhar para um telemóvel Honor, e ver que temos ali um P30 Pro, ou um Mate 20 Pro num corpo ligeiramente diferente, sem algumas funcionalidades para baixar o preço. Similarmente, também não é difícil perceber como irá ser o próximo smartphone da OnePlus, se olharmos para o topo de gama mais recente da Oppo.
Então, qual é a ideia do mercado Chinês de Smartphones??
Primeiramente, temos de olhar para a Xiaomi! Uma fabricante que mudou completamente o paradigma, quando chegou ao mercado em 2011, para vender telemóveis apenas pela Internet!
A ideia aqui era cortar o intermediário, e trabalhar com margens baixíssimas para manter o preço baixo e por isso apelativo para o consumidor
É que caso não saiba, as fabricantes de smartphones como a Huawei e Oppo, precisam de ter parceiros, de modo a meter os seus produtos nas prateleiras. Parceiros que como é óbvio, ficam com uma elevada percentagem dos lucros das vendas.
Por isso, estas duas empresas decidiram agarrar no modelo da Xiaomi, e no fundo… Fazer exatamente o mesmo! Assim, a Oppo criou a OnePlus, e a Huawei criou a Honor. Isto, ao mesmo tempo que aumentaram a aposta nas suas marcas principais, visto que a maioria dos consumidores prefere ir a uma loja física, em vez de mandar vir pela Internet.
Em suma, a solução foi separar o negócio de loja física, do negócio de loja online. Criando sub-marcas.
Portanto, os smartphones das marcas principais recebiam as novidades primeiro, ao mesmo tempo que tinham um marketing muito mais agressivo para as tornar em marcas ‘lifestyle’. Entretanto, as sub-marcas continuavam focadas em aparelhos um pouco mais básicos, mas ainda assim, muito apetecíveis na qualidade/preço.
Foi aqui que a Xiaomi percebeu que estava a começar a perder o impacto no ‘Online’, devido à concorrência… Mas que ao contrário das suas rivais, não tinha presença em loja! Por isso, fez o caminho inverso, entrou no mercado de loja física.
Mas aqui, a ideia da Xiaomi não era lutar de igual para igual nas prateleiras das lojas…
A gigante Chinesa optou por apresentar no mercado tradicional de consumo, aparelhos com excelente qualidade a preços mais baixos. (Fazendo o clássico ‘undercut’.)
Mas aqui temos de perceber uma coisa, enquanto a Huawei e Oppo fazem a maioria do seu dinheiro, pela venda de smartphones. A Xiaomi é um pouco diferente, preferindo vender smartphones a preço de custo, ou até a perder dinheiro, para depois ter o seu retorno nos serviços.
Além disto, a Xiaomi não vende apenas telemóveis, vende utensílios de cozinha, trotinetes e até roupa. Devido a isso, a Xiaomi pode vender smartphones a preços muito mais baixos, sem afetar a empresa em si.
Mas o que tem tudo isto a ver com as sub-marcas?
O mercado mais importante para estas fabricantes, é o Indiano, onde smartphones como o Redmi 7 vendem que nem pãezinhos quentes. E por isso, a Oppo criou a sub-marca RealMe, para rivalizar diretamente com a Xiaomi e os seus smartphones.
Mas porquê? Não tinham já a OnePlus?
Claro que sim, mas a OnePlus já não é a marca focada nos preços que era antigamente. Prova disso é o mais recente OnePlus 7 Pro, que é tudo menos barato. Por isso, foi necessário criar uma nova marca, para competir num mercado diferente.
Ou seja, estas sub-marcas são essencialmente criadas, para conseguir entrar e vencer num mercado, que doutra maneira seria impossível.
Porquê é que a Xiaomi e Huawei criaram sub-marcas? – Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião, nos comentários em baixo.
Saiba mais sobre a Honor (aqui) e Redmi (aqui).
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