Há um provérbio em Portugal que diz e muito bem não faças mal ao teu vizinho, que o teu vem pelo caminho. Tenho a certeza que no Brasil haverá outro semelhante. Se algum dos nossos leitores nos quiser dizer, agradecia. Ora a Xiaomi deveria levar este provérbio à risca. É que sendo uma marca chinesa e estando a crescer da forma como está, não vai levar muito até estar no radar do tio Trump. Isto a propósito de algo que a Xiaomi fez na caixa da versão europeia do Xiaomi Mi 10 Pro. Nele pode ler-se uma inscrição que diz “com acesso à s aplicações da Google mais utilizadas”. Claro que isto é visto como uma estratégia de marketing. A Xiaomi tem a Google, a Huawei não.
Xiaomi goza com a Huawei mas pode-lhe acontecer o mesmo!
É verdade que a maioria dos fabricantes costumam fazer isto para destacarem os pontos fracos dos smartphones concorrentes e realçarem os seus próprios. A própria Huawei já o fez em relação à Apple e à Samsung. No entanto, isto é do que me lembro a primeira vez para a Xiaomi. Ainda assim, tem uma razão de ser. É que agora este fabricante está num segmento premium e como tal tem de dar bicadas aos grandes porque está a competir com um Huawei P40 e com um Galaxy S20.
A Xiaomi tem tido um percurso semelhante ao da Huawei. Começou pelos entrada de gama e gama média e chegou agora aos dispositivos de topo e isto parece estar a dar resultado.
Recentemente este fabricante tornou-se no terceiro maior fabricante do mundo. Antes dos problemas com os Estados Unidos, a Huawei estava claramente a atacar o topo de mercado. O objetivo era ultrapassar definitivamente a Apple e atacar a Samsung. Agora o mercado está mais complicado para a Huawei no que diz respeito às vendas internacionais e assim foi ultrapassada em Fevereiro pela Xiaomi. Isto de acordo com dados da Strategy Analytics.
Pode a Xiaomi entrar no radar de Trump?
Definitivamente. Basta tornar-se no número dois, cimentar essa posição e envolver-se na produção de estações de emissão 5G. Assim, não tenho dúvidas que caso isso aconteça, Trump terá mão firme para proteger as empresas americanas. Ainda para mais trata-se de uma organização chinesa.
Entretanto depois será a Samsung a ter de colocar nas suas caixas “com acesso à s aplicações da Google mais utilizadas”.
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