Já andou a passear em um qualquer centro comercial Português, e encontrou bancas com orbes estranhas, a oferecer dinheiro em troca de “alguns dados” seus? Pois bem, estamos a falar da Worldcoin, um projeto baseado em cripto moedas, que tem como base a sua íris.
Mas, além de ser um projeto “aberto”, a Worldcoin também lhe oferece dinheiro pela sua íris. Sendo exatamente por isso que tem tido algum sucesso em vários países, como é o caso do nosso velho Portugal.
Estas bancas que trocam os seus dados pessoais por dinheiro existem em vários centros comerciais, bem como também em outras localizações, em Portugal e noutros países. A íris interessa?
A lógica das pessoas é mesmo essa! Será que tem alguma utilidade? É dinheiro de “borla”! (Cerca de 100€). Bem, hoje em dia talvez não, mas num futuro próximo? Pode ser informação crítica!
Worldcoin já foi banida em Espanha. Portugal a seguir?
Portanto, esta já não é a primeira vez que falamos da Worldcoin na Leak.pt. Porém, nas últimas semanas, temos visto um aumento de popularidade quase absurdo, com alguns canais televisivos a darem cobertura ao projeto, tudo devido ao facto de mais e mais pessoas estarem a aderir ao mesmo, para receberem algumas moedas em troca dos seus dados pessoais.
Temos até casos de filas de dezenas ou até centenas de pessoas, dispostas a vender os dados da sua íris ao projeto Worldcoin. Sendo exatamente por isso que alguns governos já atuaram e baniram a empresa das suas fronteiras. O caso mais recente é mesmo o nosso vizinho do lado, Espanha.
- Nota: O pagamento é feito com a moeda própria do projeto e não com euros. Porém, se quiser, pode trocar a moeda por dinheiro real. Sendo exatamente por isso que várias pessoas estão a aderir ao projeto.
O que levanta uma questão… Se isto é assim tão perigoso, quando é que vai ser banido em Portugal? Quais são os perigos ao certo?
Como é que tudo funciona?
Antes de mais nada, é preciso dizer que a Worldcoin é um projeto com o “input” de Sam Altman, o CEO da OpenAI, que é a empresa responsável pelo ChatGPT.
Basicamente, nas bancas presentes em vários centros comerciais nacionais, a Worldcoin tem um conjunto de orbes que têm apenas um propósito. Capturar a informação da íris da pessoa interessada em entrar no projeto. Caso não saiba, a íris é um pouco como a nossa impressão digital, é única. Porém, ao contrário da velha impressão digital, pode ter um outro tipo de uso num mundo digital, pode servir como fator identificador num futuro muito próximo, em situações de realidade aumentada ou realidade virtual.
No fundo, quem tiver a sua íris, pode utilizar a sua identidade sem a sua autorização. Afinal de contas, “alguém” teve a ideia genial de a vender a terceiros. Aliás, sendo o projeto Worldcoin o dono por direito da sua informação, até o pode vender a outras identidades sem o seu conhecimento.
Quer mesmo as suas informações pessoais, capazes de o identificar, em mãos alheias?
Sendo exatamente devido a este perigo de invasão de privacidade que Espanha meteu alguns limites na empresa.
Dito tudo isto, o World ID da Worldcoin já tem mais de 4 milhões de utilizadores registados, e está presente em mais de 120 países. A tecnologia de captura de íris está presente nos Estados Unidos, México, Espanha, Portugal, Argentina, Chile, Japão e Singapura.
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