A velocidade teórica de alguns dos padrões mais recentes da indústria já é obviamente surpreendente. Aliás, a grande maioria dos consumidores não chega sequer a uma fração do potencial máximo dos seus routers.
Por exemplo, apesar de ser impressionante ver uma DIGI a entrar em Portugal a prometer uma ligação de 10 Gbps por apenas 15€ mensais. A realidade é que provavelmente nem 1% dos consumidores iria ser capaz de aproveitar essa velocidade em casa.
Por isso, a pesar do facto de ser necessário andar para a frente com a tecnologia. O foco deixou de ser a velocidade.
Wi-Fi 8 não aposta na velocidade. Apenas na consistência!
Portanto, o padrão que vai servir de base aos muitos routers Wi-Fi 8 do futuro não promete mais velocidade. Esta vai continuar a ser exatamente a mesma que podemos encontrar nos já normais aparelhos baseados na tecnologia Wi-Fi 7. Em vez disso, vamos ter conexões mais estáveis, fiáveis, etc…
De forma mais resumida, a realidade é que a tecnologia sem fios tem de estar em constante evolução. Assim, apesar de o IEEE ainda não ter finalizado e aprovado o WiFi 7, o que vem a seguir já está a ser desenvolvido. A norma WiFi 8, oficialmente conhecida como IEEE 802.11bn, deverá ser lançada apenas em setembro de 2028. Porém, sem novidades na velocidade.
Assim, o Wi-Fi 8 (802.11bn) vai ser quase idêntico ao Wi-Fi 7 (802.11bn). A largura de banda máxima de canal canal vai ficar nos 320MHz, com um límito físico de 23 Gbps. Porém, mesmo no máximo das capacidades da tecnologia, o limite prático é mais ou menos 20% mais baixo face aos valores dados. Ou seja, cerca de 20 Gbps.
Em suma, a principal diferença vai estar na eficiência.
O novo padrão, em vez de se concentrar na velocidade, que (quase) ninguém consegue alcançar em condições normais nos tempos que correm, vai focar-se na eficiência e fiabilidade. Ou seja, se por ventura já fez um teste de velocidade à sua rede WiFi, deve ter reparado que, por vezes, a velocidade de transferência é muito irregular. Com picos de velocidade durante um segundo, e logo a seguir a cair, para o resultado final ser no fundo uma média das muitas flutuações que aconteceram durante o teste. O objetivo é baixar estes “picos”, ao tornar a onda mais retilínea.
Além disto, o plano atual é ter uma rede WiFi capaz de suportar redes com uma capacidade mínima agregada de 100 Gbps. O suficiente para suportar várias ligações de velocidade gigabit através de um único router.
Porém, até 2028, muita coisa pode acontecer. É esperar!
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