As eleições de dia 10 de Março ainda continuam a dar que falar, primeiro pelo seu resultado eleitorial pouco esclarecedor, mas também porque continuamos sem saber os resultados dos circulos eleitorais da Europa e Fora da Europa. Algo que poderia ser facilmente resolvido com voto eletrónico, que claro está, teria resultados instantâneos, ao mesmo tempo que também facilitaria imenso a logística de todas as eleições feitas em grande escala.
Porém, é preciso ter em consideração que voto eletrónico e voto eletrónico à distância não é a mesma coisa. O primeiro já foi testado várias vezes em Portugal com sucesso, mas ainda não se usa, nem existe uma meta temporal para a sua utilização.
Já o segundo… Bem… Espere sentado.
Voto Eletrónico. Qual é a razão para não se usar!?
Caso não saiba, existiu um teste-piloto ao voto eletrónico em 2019, uma experiência que custou cerca de 1.5 milhões de euros ao estado que nem sequer foi o primeiro. Já foram feitos 5 testes, sempre com resultados positivos. Ainda assim, nenhum partido propôs um voto eletrónico em escala, seja este presencial, ou feito através da Internet. Porque, apesar de interessante, é uma novidade que acaba por não resolver os grandes problemas de eleições massivas como esta.
O voto eletrónico talvez fosse capaz de ajudar em enganos como aqueles que acontecem eram 2024 com a AD e ADN (porque existe um ecrã de confirmação), e também iria ajudar a reduzir o desperdício de papel. Porém, não iria ajudar nas taxas de abstenção sempre tão altas. Além disso, faria pouco pelo voto além fronteiras… Visto que muito provavelmente a ter como base o papel. (O modelo atual implica o envio separado do boletim de voto e fotocópia do documento identificador).
A grande solução é o voto eletrónico à distância, ou como quem diz, o voto através da Internet.
Isto vai alguma vez acontecer?
Um voto eletrónico feito à distância, através da Internet, exige uma plataforma de autenticação robusta como é, por exemplo, a Chave Móvel Digital.
Entretanto, além de garantir a confidencialidade do voto, é também preciso garantir que a plataforma é robusta o suficiente para lidar com ataques informáticos. Sejam estes pensados para mandar o sistema “abaixo” (ataques DDOS). Ou sejam ataques capazes de corromper os resultados da própria eleição.
Sim, é verdade que a frade eleitorial pode também acontecer no papel. Mas, ao meter um sistema deste tipo online, existiriam muito mais ataques, dos mais variados sítios, com os mais variados objetivos. O que acabaria por complicar bastante o trabalho das autoridades competentes, e teria custos pouco interessantes a nível de infraestrutura.
Em suma, infelizmente, ainda estamos longe deste tipo de voto… Sendo exatamente por isso que a grande maioria das vezes que o voto eletrónico apareceu, foi sempre de forma presencial.
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