Algumas pessoas são surpreendidas ocasionalmente com aumentos na conta em qualquer um dos operadores nacionais. Claro que quando isso acontece temos a tendência para nos queixar da empresa que nos presta o serviço. No entanto na maioria dos casos nem a Vodafone, nem a MEO, nem a NOS têm culpa dessa situação do aumento na conta. A culpa pode estar em alguma app que temos instalada no nosso smartphone e que dá origem a custos muito elevados. No caso disto acontecer o primeiro passo a dar é contactar o operador para se verificar a situação e pedir o bloqueio.
Vodafone/MEO/NOS: se a conta aumentou veja isto na sua fatura!
Vamos olhar, por exemplo, para a imagem abaixo. Um utilizador queixou-se de que sem qualquer aviso prévio começou a pagar mais 10 Euros na fatura mensal. Isto é transversal à conta de qualquer operador quer seja, Vodafone, MEO ou NOS. O seu primeiro pensamento foi que o operador tinha aumentado os preços. Mas não, na realidade é algo bem diferente. O aumento na conta da Vodafone, MEO ou NOS deve-se a serviços diversos e isso é algo que pode ser verificado com facilidade na sua fatura.
Basta abrir a fatura e procurar pela entrada serviços diversos. Não se esqueça que isto só está disponÃvel na versão detalhada da mesma. Se tiver vários números não se esqueça de ver este valor nas entradas de todos os números que estão associados à conta.
Como começam estas subscrições?
Normalmente de duas formas. Ou recebemos uma mensagem com uma ligação que nos leva a um site onde colocamos o nosso número, ou devido a uma página infetada vamos também parar a um site onde introduzimos o nosso contacto para participarmos num passatempo ou num inquérito e a partir daà os problemas começam. Sem darmos conta começamos a pagar subscrições mensais ou semanais que vão aumentar e muito o que pagamos por mês.
No entanto como se estas duas formas de ameaça já não bastassem há outra agora que está bastante na moda e temos de ter muito cuidado.
As ameaças à plataforma Android não são nada de novo. De facto, sempre estiveram de algum modo presentes. Um clássico exemplo de uma ameaça perigosa é o Joker que infetou milhões de smartphones desde 2016. Apesar de se saber muito bem o que ele faz, ainda não se perdeu muito tempo a analisar como funcionam estas ameaças e na realidade as coisas são piores do que se pode pensar.
O mecanismo utilizado por este tipo de fraudes chama-se WAP.
Na prática é o protocolo de aplicações sem fios, em português. Permite aceder a informações através de uma rede móvel. Assim é graças a ele que os utilizadores dos smartphones conseguem subscrever com facilidade vários serviços, bastando visitar o site de um fornecedor e carregar num botão. Em alguns casos e para evitar subscrições por acidente pode-nos ser enviada uma password única para confirmarmos o serviço.
Estas apps perigosas estão um passo à frente e aproveitam-se desta tecnologia. Assim subscrevem o nosso smartphone a estes serviços WAP de forma automática sem o consentimento do utilizador. Entretanto a revelou como tudo funciona, passo-a-passo.
Desativam a ligação Wi-Fi ou esperam que a pessoa mude para dados móveis. Assim depois navegam silenciosamente para a página de subscrição, carregam automaticamente no botão de subscrever, interceptam a mensagem com o código único e confirmam-no.
Ou seja, em menos de nada temos a subscrição feita.
Há várias formas dos programadores forçarem uma ligação aos dados móveis mesmo quando estamos no Wi-Fi. Tanto nos dispositivos que estão no Android 9 ou versões anteriores, como naqueles que estão na versão 10 e posterior.
Como as coisas são tão bem feitas não é fácil identificar estas ameaças que chegam a estar na Play Store. Escusado será dizer que a Google as elimina logo mal as encontra. No entanto, isto leva algum tempo e normalmente só acontece depois de elas terem infetado milhões de utilizadores.
Receba as notÃcias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!