A Valve é uma gigante do mundo dos videojogos, mas é mais no campo do software, porque em termos de hardware, a empresa não parece ter grande talento para a coisa… Ainda assim, ficámos recentemente a saber que a Valve vai apostar forte e feio numa consola portátil! Um aparelho que apesar de parecer muito similar à Nintendo Switch, é na verdade mais rival às consolas de nova geração da Sony e da Microsoft, ou seja, da PS5 e Xbox Series S/X.
Afinal de contas, o seu hardware é bastante similar! Agora resta perceber se a Valve tem a capacidade de “vender” a sua própria consola. Vamos por partes.
Valve Steam Deck: Consola portátil de nova geração? Ou fail?
Portanto, a Valve anunciou ontem a sua primeira grande aposta no mundo das consolas, a Steam Deck! Uma consola que parece ter o grande objetivo de roubar quota de mercado à Nintendo e à sua consola Switch! Mas, claro, ao mesmo tempo parece trazer especificações mais dignas da nova geração de consolas.
Obviamente que num pacote tão pequeno como este, a performance nunca irá ser a mesma comparativamente a uma Sony PS5 ou Xbox Series X. Mas enquanto a Switch oferece apenas 393 GFLOPs, esta Valve Steam Deck já chega aos 1.6 TFLOPs.
Como? Bem, temos um um SoC AMD produzido nas linhas de 7nm da TSMC! Que claro está, aproveita a mesma fórmula dos SoCs da PS5 e Xbox Series X/S, ao combinar núcleos de CPU Zen 2 com núcleos de GPU RNDA 2.
Muito resumidamente, temos aqui um processador de 4 núcleos e 8 threads com a frequência base de 2.4 GHz e um boost de 3.5GHz, com a possibilidade de chegar aos 448 GLOP/s de performance FP32. Entretanto, no campo do GPU, temos um chip baseado na arquitetura RDNA 2, com 8 unidades de computação (512 processadores stream), todos eles a 1.1 Ghz ou 1.6GHz (Boost). A performance deste GPU chega aos 1.6 TFLOPs.
Além de tudo isto, temos uma interface de memória unificada e ainda um controlador de memória LPDDR5 para dar vida aos 16GB capazes de chegar aos 5500 MT/s. No campo do armazenamento temos um eMMC (1GB/s para cada direção) e conectividade PCIe Gen 3 x4 (4GB/s por direção). Temos ainda a possibilidade de utilizar cartões microSDXC.
A nível de autonomia de bateria, parece que a consola vai ser mesmo muito interessante, tudo devido ao facto de a totalidade do pacote consumir entre 4 e 15W. (Curiosamente, parece que a consola vai conseguir ter melhor performance quando ligada ao carregador, por deixar ‘esticar’ as pernas aos componentes integrados).
Será isto uma grande aposta da Valve? Temos de esperar para ver. Mas diria que tudo depende um pouco do preço do ‘pacote’. Claro que já sabemos que o preço da consola deve andar entre os 400 e os 500€. Mas fica sempre a questão… Qual é a capacidade real que esta consola irá ter para correr a totalidade da biblioteca Steam?
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