Vale a pena comprar um smartphone dobrável?

Como disse nas minhas pequenas análises ao Galaxy Z Fold4 e Galaxy Z Flip4, sempre fui um bocado ‘hater’ do formato dobrável, desde os primeiros rumores, por simplesmente não perceber onde estava o ganho para o mais comum dos consumidores.

Sentia isto de forma mais especial, quando se falava do Galaxy Z Fold, que por sua vez apareceu numa altura extremamente interessante do mundo mobile, em que os tablets Android estavam a desaparecer das prateleiras, consequência de algo fatal para qualquer tipo de produto tecnológico… Ninguém os queria!

Entretanto o mercado mudou consequência da pandemia global de COVID-19, e os tablets voltaram em força, naquilo que foi uma gigantesca bolsa de oxigénio. O que claro está, também deu um outro ‘boost’ ao esforço dobrável da Samsung no mundo Android.

2022 é o ano dos dobráveis?

Apesar de uma aposta aparentemente menos ambiciosa da Samsung em 2022, se olharmos apenas para o papel, e design dos novos aparelhos, a verdade é que a Gigante Sul-Coreana foi capaz de impressionar, em vários campos, com os seus novos dobráveis.

Algo que de forma simplesmente incrível, foi também capaz de me converter. Adorei ambos os aparelhos, especialmente o Z Fold4! Vamos falar um pouco sobre a minha experiência?

Vale a pena comprar um smartphone dobrável?

Portanto, vamos começar pelo início! Antes do lançamento oficial dos mais recente Galaxy Z, a Samsung convidou alguns dos meios mais importantes em solo Nacional, para estes tentarem perceber o que a gigante Coreana tinha andado a fazer nos seus laboratórios, nos últimos 12 meses, à porta fechada.

Qual foi a minha impressão inicial? Muito honestamente? Foi esta… “Esta porra é exatamente igual ao que lançaram no ano passado!”

Aliás, se pedirmos a alguém para agarrar num Z Flip3 numa mão, e no Z Flip4 na outra mão, vai ter dificuldades sérias em distinguir e identificar cada aparelho. O mesmo acontece com o Z Fold mais recente, e o seu antecessor lançado no ano passado.

Isto porque, na realidade, a Samsung focou-se muito mais na performance do aparelho, tanto no campo dos componentes internos, como também na experiência de software. O Z Fold4 então… É UMA MÁQUINA!

É inegável que tanto o Z Flip4 como o Z Fold4 beneficiaram forte e feio da adoção do mais recente SoC da Qualcomm, o Snapdragon 8+ Gen1, agora produzido pela TSMC nas suas linhas de 4nm.

Mas, além das melhorias de performance inerentes à implementação de um SoC a sério (sim Exynos 2200, estou a olhar para ti!), o Z Fold4 também beneficia de um sistema operativo mais otimizado para aquilo que o aparelho é na realidade.

O Z Fold não é um tablet, mas também não é um smartphone! Finalmente, na sua quarta versão, é um aparelho que começou a perceber que é algo diferente, e com mais potencial.

A Samsung adora meter janelas lado-a-lado, nas “promos” do Z Fold4, mas acredite em mim, com a velocidade com que o aparelho é capaz de mudar de app, em modo multitasking… Não precisa disso para nada. Especialmente agora que temos uma barra de tarefas muito Windows na parte de baixo do ambiente de trabalho. (Para mim, uma das melhores novidades implementadas no SO pela Samsung).

Honestamente, foi isto que mais me impressionou no mais recente dobrável topo de gama da Samsung. Pode trocar de aplicação, qualquer aplicação, e retomar o que estava a fazer sem perder um único segundo. O Z Fold4 é finalmente capaz de se transformar num tablet, e novamente para smartphone, de forma natural.

Mas o design é mesmo igual? Sim, e não.

Sim, à primeira vista, ambos os dobráveis são exatamente iguais aos modelos do ano passado. Mas, não, porque no dia-a-dia, numa utilização normal, as coisas sentem-se um pouco diferentes.

Aliás, para ter um exemplo mais ao meu estilo, na altura do evento Samsung em Lisboa, vi os slides a salientar os milímetros que tinham sido retirados em cada margem, tantos no ecrã interior como no exterior, vi as pequenas diferenças no design exterior e honestamente… Ri! Ri internamente! Mas agora já não me estou a rir.

Eu tenho testado todos os dobráveis lançados até aqui, sejam eles Samsung, Huawei, ou Oppo. Mas, no caso do Z Fold3 de 2021, muito honestamente, não conseguia dar-me bem com aquilo. O que mudou de forma radical com o Z Fold4 de 2022.

Para mim, com o Z Fold3, foi sempre difícil usar o ecrã de fora, tal era a grossura do aparelho, além disto, também foi sempre chato abrir o aparelho para aproveitar o ecrã principal. Isto é curioso, visto que com o Z Fold4 de 2022, nunca senti essa dificuldade! Como disse em cima, tudo se sente mais natural, fluido e eficiente.

Aliás, até ao nível da resistência, a coisa melhorou! No meu caso então, vi o Z Fold4 que tinha para teste, cair de uma máquina de ginásio, de uma altura de mais ou menos 1m80, para um chão de cimento.

Uma altura em que levei as mãos à cabeça, e quase bati no Silvio José aqui da equipa da Leak, porque tinha sido ele a meter o telemóvel no espaço de arrumação. Sabe qual foi o resultado? Foi… nada! O Fold4 caiu de esquina, na área da dobra, e nem consigo ver o sítio da queda. O mais recente dobrável da Samsung, é RIJO!

Um dobrável é finalmente um topo de gama!

Apesar do seu preço, os dobráveis da Samsung sempre pecaram em alguns pontos críticos, naquilo que faz com que um aparelho pertença à gama mais alta do mundo dos smartphones. Especialmente no campo da captura de imagem nas câmeras traseiras.

Algo finalmente corrigido, tanto no Z Fold4 como no Z Flip4.

Conclusão

Honestamente, acredito que para ter noção daquilo que estou a tentar dizer neste espaço, faça todo o sentido mexer nos aparelhos, para perceber a 100% o que a Samsung anda a fazer no mundo mobile.

Por isso, se está interessado, vá a uma das lojas do costume, e experimente os novos aparelhos da Samsung. Vale a pena!

 

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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