Caso não saiba, as baterias, qualquer bateria, seja esta de smartphone, de portátil, relógio, ou até de um carro elétrico, não gostam de estar perto dos 0%, nem próximas dos 100%.
Por isso, algumas fabricantes de smartphones têm vindo a implementar funcionalidades via software, que dão algum controlo ao utilizador sobre a forma como esta se degrada ao longo da utilização. A primeira foi a Apple com a geração iPhone 15. Sendo exatamente por isso que agora temos os primeiros resultados de utilizadores que andaram a carregar até aos 80% durante todo este tempo.
Valeu a pena?
Vale a pena carregar o smartphone só até 80%? Não será inútil?
Honestamente, nunca achei grande piada à funcionalidade, porque para poupar alguns pontos percentuais na bateria do meu smartphone ao fim de 2 ou 3 anos, vou andar com um smartphone limitado aos 80% durante todo o seu ciclo de vida. Um smartphone que hoje em dia é muito mais que um simples telemóvel, é uma autêntica ferramenta de trabalho e de lazer.
Ou seja, no fundo, vou comprar um smartphone novo, mas vou andar com ele como se a bateria já tivesse 3 anos de utilização em cima. Isto nunca fez sentido na minha cabeça, especialmente nos dias mais exigentes, em que os 80% não são, de todo, suficientes.
Ainda assim, para os consumidores que querem proteger o seu investimento ao máximo, a ideia é relativamente simples, e até faz algum sentido. Já os resultados… Parecem-me desapontantes.
Como é que isto funciona?
É simples. Se quiser ligar a funcionalidade, o seu smartphone vai carregar apenas até aos 80% da sua capacidade máxima, o que por sua vez vai proteger a célula e assim garantir que vai durar mais tempo no máximo da sua capacidade.
Isto é algo que começa a aparecer também em força no ecossistema Android.
Mas… No meio de tantas proteções que já existem, será que isso faz a diferença?
Foi isso que uma jornalista do MacRumours quis perceber ao fim de 1 ano de teste. Resultado? Ao fim de 299 ciclos de carga/descarga, o seu iPhone 15 Pro Max apresenta agora uma saúde de bateria de 94%.
Isto é curioso, porque eu também tinha um iPhone 15 Pro Max, e antes de o vender, este tinha qualquer coisa como 250 ciclos e tinha a bateria a 96%.
Por isso, tendo tudo isto em conta, quando uma bateria nova custa cerca de 100€, será que faz sentido limitar a autonomia de um smartphone de 1500€ em 20%? Não fará mais sentido usar em pleno, e se for necessário, trocar a bateria? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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