Bem, como deve saber, o USB-C nunca esteve tão forte como agora, afinal, estamos a falar do padrão europeu para tudo o que é tecnologia. Aliás, neste momento, até a Apple se está a ver obrigada a trocar a sua fiel (e lucrativa) porta Lightning, para ter de adotar o famoso cabo USB-C.
Mas será que isto significa uma vida duradoura para o USB-C?
USB-C é para durar, ou vai desaparecer dentro de pouco tempo?
Bem… Sim, tudo indica que o USB-C chegou, venceu e está para durar, ao ser capaz de anular muitas das desvantagens de todos os outros padrões, especialmente relativamente ao microUSB, que tantas dores de cabeça deu aos fãs do mundo Android.
O máximo que pode acontecer, e que a Apple até já mostrou vontade de fazer, é ver algumas fabricantes a tentar lançar aparelhos sem ‘orifícios’. Ou seja, ver fabricantes de aparelhos móveis a optar por tecnologias sem fios para o carregamento, e para a transferência de dados.
Mas verdade seja dita, nesta altura do campeonato, em que a velocidade e a eficiência é tão importante, ainda estamos um pouco longe dessa realidade.
O USB-C corrigiu o quê ao certo?
Bem, provavelmente ainda se lembra da entrada USB, fosse ela micro ou mini, que apenas entrava de uma maneira, mas mesmo assim, pareciam ser necessárias pelo menos 3 tentativas para ligar o cabo ao telemóvel.
Pois bem, o USB-C resolveu esse problema ao oferecer pinos duplos para o power e ground. Tornando possível uma conexão feita em qualquer orientação. Além disto, é também retrocompatível com a grande maioria dos padrões de comunicação USB, ao mesmo tempo que também permite entregas de energia substancialmente maiores (até 240W, ao oferecer 8 pinos em vez de apenas 2 (5A vs 1.5A).
Como se tudo isto não fosse suficiente, o USB-C traz suporte ao ‘alternate mode’, ou seja, desde que eletronicamente compatível, qualquer interface irá correr num conector USB-C. Sendo exatamente por isso que existe suporte ao Thunderbolt 4, bem como qualquer outro protocolo compatível, como o DisplayPort.
Mas não existe magia! Apesar das potencialidades da entrada, os utilizadores continuam a ter de saber escolher o cabo correto para as suas necessidades. Nem todos os cabos aguentam carregamentos de 120W, ou 240W, e claro, nem todos os cabos são capazes de suportar a largura de banda do padrão Thunderbolt 4.
Será que vamos ter uma versão diferente?
O mundo da tecnologia é muitas vezes imprevisível, por isso, não vou apostar nada. Mas como disse em cima, diria que após o USB-C, o caminho está no mundo sem fios, e não num novo padrão baseado no uso de fios para ligar dois aparelhos eletrónicos.
O máximo que pode acontecer é ser preciso uma revisão ao padrão, para ter acesso a maiores velocidades de transferência, e claro, maiores velocidades de carregamento.
Mas para responder à pergunta… Não, não acredito que o USB-C vá morrer, especialmente dentro de pouco tempo.
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