Um SSD tem uma durabilidade limitada. Sabe porquê?

Um SSD tem uma durabilidade limitada. – Nada dura para sempre, nem no mundo da tecnologia, nem com todos os avanços que vamos vendo a aparecer. Como deve imaginar, um componente tem sempre uma data de validade associada.

No entanto, enquanto num CPU, ou Placa Gráfica, esta data é completamente desconhecida, num SSD, qualquer SSD, esta informação é um pouco mais fácil de identificar, porque acaba por depender de vários fatores conhecidos, como é o valor do TBW (Terabytes Written).

Mas vamos por partes.

Um SSD tem uma durabilidade limitada. Sabe porquê?

SSD

Portanto, qualquer SSD, seja ele de gama alta, de gama baixa, de alta capacidade, ou baixa capacidade, tem como base memória não volátil NAND Flash, um tipo de memória que dependendo de várias características, e do seu uso diário, pode durar muitos, ou poucos anos.

O que é um chip de memória NAND Flash?

Bem, é um chip conhecido por ter alta capacidade de memória, ser barato de produzir, ter baixa resistência, isto ao mesmo tempo que conta com um sistema de blocos de leitura/escrita. É o chip que dá vida ao armazenamento SSD dos nossos computadores, e que na verdade, também dá vida ao armazenamento dos nossos smartphones, tablets, etc…

Como é que um SSD composto por chips de memória NAND Flash começa a perder a sua vida?

Logo à partida, SSDs diferentes, têm um número TBW diferente. Além disto, temos alguns problemas na corrente que passa pelo material, pelo seu aquecimento, etc… O que acaba sempre por causa vários tipos de degradação, ao longo do tempo.

Depois, temos outro fator, que é o tipo de célula utilizada em cada SSD, que define a sua capacidade máxima, bem como a sua velocidade de acesso aos ficheiros armazenados.

  • SLC – armazena 1 bit
  • MLC – 2 bits
  • TLC – 3 bits
  • QLC – 4 bits

Estes bits definem o nível de tensão armazenado na porta flutuante, com um SSD QLC a ser capaz de armazenar 15 níveis diferentes de tensão. O que claro está, por sua vez, causa uma degradação um pouco superior. No caso do SSD MP600 da Corsair, estamos a falar de apenas 225 ciclos de escrita/remoção de dados, por cada célula. Ou seja, uma única célula, apenas pode ser reescrita 225 vezes, antes de a degradação começar a fazer das suas.

Entretanto, além de tudo isto, a retenção de dados (quando o SSD está desligado), também depende da temperatura do SSD.

Caso não saiba, segundo o padrão do mercado (JEDEC), para reter informação durante um ano, o SSD tem de estar num ambiente a 40ºC, se o ambiente estiver a 50ºC, esta retenção cai para os 6 meses. Nos 80ºC, a retenção cai para míseros dias.

Curiosamente, a retenção de dados também depende do número de vezes que cada célula já foi utilizada no processo de escrita/remoção de dados. Ou seja, um SSD com menos anos, vai reter dados durante mais tempo, comparativamente a um SSD mais antigo. (Se não estiver ligado).

Existem defesas contra tudo isto!

Voltando à durabilidade, os SSDs mais modernos usam controladores muito rigorosos e poderosos, para executar algoritmos EEC, e claro, algoritmos de gestão de desgaste, tudo de forma a prolongar o tempo de vida do componente.

Em suma, quando for comprar um SSD, não olhe apenas para a velocidade máxima de leitura e escrita. Olhe também para o TBW, e tente optar por um SSD com um dissipador de calor generoso.

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!
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