A TSMC está numa situação extremamente interessante. Ao fim ao cabo, a empresa de produção de semicondutores, tem o melhor produto do mercado, e por isso mesmo, o que não falta são interessados com dinheiro na mão.
Isto é incrÃvel para a TSMC, mas extremamente preocupante para nós, os consumidores.
Afinal de contas, os processadores mobile mais importantes, como é o caso do Qualcomm Snapdragon 8 Gen1, Gen1+, MediaTek Dimensity 9000, e claro, o novo Apple Bionic, são todos feitos pela TSMC. Além disto, os SoCs que dão vida à nova geração de consolas, também são feitos pela TSMC. Isto já para não falar da nova geração de placas gráficas, tanto da Intel, como da AMD, e até da NVIDIA, e claro, os novos processadores Ryzen 7000… Tudo com dedo da TSMC.
Em suma, quer comprar um computador, consola, ou smartphone? Prepare-se para pagar mais! É que a TSMC tem o caminho aberto para um novo aumento no lado da produção. Aumentos, que acabam quase sempre transferidos para o consumidor final.
TSMC quer mais dinheiro. Está pronto para os aumentos?
Portanto, a TSMC quer mais dinheiro, mas… Em boa verdade, se existe fabricante que merece todos os cêntimos que recebe, é inegavelmente a gigante de Taiwan. Basta olhar para o aumento de performance no novo Qualcomm Snapdragon 8 Gen1+, que verdade seja dita, de grande novidade, apenas tem a mudança das linhas de 4nm da Samsung, para as linhas de 4nm da TSMC.
Porquê novos aumentos?
nesta altura do campeonato, estão a ser feitos os últimos toques nas linhas de 3nm, e também estão a ser finalizadas novas linhas de produção, que dentro de muito pouco tempo, deverão começar a produzir produtos baseados no processo de 2nm.
A TSMC simplesmente não quer tirar o pé do acelerador. Mas, lá está, para continuar a este ritmo, é preciso dinheiro para investir.
Muito resumidamente, além de um potencial novo aumento, à volta dos 10%, a TSMC também está a pedir os pagamentos mais cedo. Ou seja, os contratos que previam pagamentos a 30 dias, passaram agora para 15 dias, isto enquanto os contratos que previam pagamentos a 45 dias, passaram para 30 dias. Uma estratégia de antecipação de receitas, para as investir logo de seguida.
