Triangle Strategy (Análise Switch)

Triangle Strategy: Vivemos uma altura em que a maioria dos jogos podem ser considerados demasiado simples, ou no mínimo, sem um qualquer tipo de personalidade artística. Por isso, é com um sorriso no rosto que vemos finalmente um jogo pelas mãos da Nintendo/Square-Enix e desenvolvido pela Artdink, que como já deve ter adivinhado, nos leva por um caminho completamente diferente,

Assim, se já jogou Octopath Traveler, sabe exatamente o que pode esperar deste jogo a nível artístico! É o que pode ser considerado “2D-HD”. Com mapas extremamente detalhados, sprites cheias de vida e um enredo que nos mantém interessados de inicio ao fim. Triangle Strategy tenta destacar-se imediatamente não só pelos seus visuais mas também pela história que pretende contar.

Entretanto, com o gameplay a tirar inspiração em jogos como Final Fantasy Tactics (um tipo de RPG estratégico e complexo), será que os developers conseguiram executar bem este conjuntos de ideias sem se perderem algures pelo caminho? Vamos descobrir com esta análise.

Triangle Strategy (Análise Switch)

História

Portanto, a nossa aventura passa-se no continente de Norzelia, onde existem três grandes fações! Estas são: Glenbrook, Aesfrost e Hyzante.

Há trinta anos deu-se, entre estas fações, uma grande guerra que ficou conhecida como a Saltiron War, terminando numa aliança extremamente frágil que tinha como objetivo trazer alguma paz de volta a Norzelia. Agora, três décadas depois, essa aliança é posta em causa, tudo devido a um assassinato que infelizmente causou a reabertura das hostilidades entre as fações já mencionadas.

Acompanhamos então a história de Serenoa Wolffort, o seu mordomo Benedict, a sua noiva Frederica Aefrost e o seu amigo de infância Roland à medida que tentam resolver da melhor forma este conflito.

Como já deve ter percebido, aara além de complexa, e de tirar muita inspiração de Game of Thrones, temos aqui uma história como já não via há muito tempo num jogo. Não só devido à excelente narrativa, mas também ao sistema “Scales of Conviction”. Resumindo, Scales of Convicton são decisões que podemos tomar em momentos críticos na história que podem mudar completamente o desfecho da mesma.

O que distingue este sistema de uma simples escolha é o facto dos membros da nossa party poderem dar input na decisão através de votos. Isto faz com que os nossos acompanhantes não sejam apenas “armas em combate” mas companheiros com as suas próprias opiniões e crenças.

Dito tudo isto, apesar de todos os elogios, é também na história que está a minha maior crítica a este jogo! 

Afinal, para além da história/lore ser densa, esta é muitas vezes transmitida ao jogador através de secções gigantes de texto que se podem tornar entediantes. Mesmo que a vontade seja por vezes saltar à frente, não o devemos fazer devido às escolhas importantes que temos de tomar ao longo da história. Havendo a hipótese de “estragarmos” o final após dezenas de horas por já não estarmos a conseguir prestar atenção (o que é compreensível).

Gameplay

No que toca à jogabilidade, e como referi anteriormente, temos um jogo que se inspira fortemente em Final Fantasy Tactics e Fire Emblem. Ou seja, para quem já jogou estes franchises, sabe perfeitamente o estilo de jogo em questão. Para quem é novo, passo a explicar.

Existem três atividades que iremos estar a fazer durante grande parte do nosso tempo a jogar Triangle Strategy, estas são:

  • Mapa: É aqui que conseguimos ver todo o continente de Norzelia, incluindo quaisquer missões principais ou secundárias que existam nesse momento.
    Podemos aqui também organizar a nossa party (entre um grupo que pode chegar a 30 personagens diferentes) assim como modificar os seus acessórios/itens antes de avançarmos para uma batalha.
  • Combate: As batalhas ocorrem em mapas/arenas extremamente detalhadas onde antes do início da luta propriamente dita, colocamos as nossas personagens em formações estratégicas consoante as suas habilidades e layout do terreno.
    Uma vez concluída esta fase de preparação, o combate realiza-se por turnos onde temos de escolher mover, atacar ou curar com cada personagem (dependendo da sua especialidade e necessidade). De seguida, como seria de esperar, é a vez do inimigo fazer o mesmo. A batalha acaba quando derrotamos o inimigo/cumprimos um objetivo específico, voltando ao mapa principal.
  • Diálogo e decisões: Este diálogo, apesar de poder ocorrer em qualquer parte do jogo, é principalmente interessante nas alturas em que estamos. Por exemplo, a percorrer uma aldeia pacífica (antes ou depois de uma batalha) e podemos falar com os nossos aliados.

Isto serve para não só avançar a história mas também para ficarmos a conhecer melhor os membros da nossa party. Algo essencial, que nos pode ajudar a tomar decisões críticas.

Conclusão

Triangle Strategy é sem dúvida um ótimo exemplo de como este tipo de jogo, quando é desenvolvido com paixão e dedicação, ainda tem um lugar no mundo do gaming hoje em dia.

Se for fã de jogos de estratégia por turnos, recomendo sem a menor dúvida pois temos aqui um RPG de excelência. Se por outro lado não for grande fã deste tipo de gameplay… Pode encontrar na mesma valor naquilo que é uma história incrível, capaz de nos manter interessados. (Mas sim, como disse em cima, é preciso ter paciência!)

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Estava interessado no jogo? Vai comprar? Partilhe connosco a sua opinião.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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