Tinder, Hinge e Bumble: Conhecer pessoas é estranho!

Hoje em dia, conhecer pessoas no comboio, no café, autocarro, no ginásio, ou onde quer que seja, é obviamente muito mais complicado do que na altura dos nossos pais ou avós.

Afinal de contas, quem é que anda nos transportes públicos sem earbuds ou auscultadores? Ou talvez pior que isso, quem é que anda na rua sem ter os olhos postos no ecrã do smartphone?

A vida mudou imenso nas últimas décadas, e como tal, conhecer pessoas também se tornou bastante mais complicado, especialmente para pessoas mais tímidas como é o meu exemplo e possivelmente é também o seu, que nem sabem muito bem como dizer um “olá” só porque sim.

É exatamente por tudo isto que começaram a aparecer as apps de “dating”! Com a mais popular a ser o velho Tinder, que entretanto começou a ter de lidar com a rivalidade de muitas outras apps similares, como é o caso do Bumble ou Hinge.

Mas… Serão realmente apps rivais?

Isto é extremamente interessante, mas na verdade, uma única empresa detém a maioria das apps de dating mais populares do mercado. Estamos a falar do Match Group! Onde não só podemos encontrar as três apps já mencionadas, como também o Match, Meetic, Pairs, Plenty of Fish, OKCupid, Azar, Chispa, BLK, The League e Hakuna.

As apps são todas muito similares, porque são todas da mesma empresa! Por isso, têm o mesmo objetivo base, e até interfaces extremamente similares. Porém, têm públicos diferentes.

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Afinal de contas, o objetivo no papel é fazer com que os utilizadores encontrem alguém para partilhar a sua vida. Mas, como deve imaginar, o objetivo real de qualquer empresa passa quase sempre por fazer dinheiro.

Por isso, todas estas apps funcionam de forma 100% gratuita para o “agarrar”, e depois tentam levá-lo a uma ou mais subscrições, de forma a que consiga ter acesso a mais “likes”, “swipes”, “rosas”, etc… Mas, se pensar bem na coisa, a realidade é que se porventura os utilizadores começarem uma relação com alguém, deixam de ser utilizadores e por isso potenciais clientes.

É algo que acaba por levantar alguns problemas no campo da “confiança”. Ao fim e ao cabo, qual é o sentido de pagar para sair de uma app, se essa mesma app tem todo o interesse que eu continue a pagar.

Bem, quaisquer que sejam os objetivos das apps e da empresa que detém todas estas plataformas, a realidade é que existem vários casos de sucesso nas apps mencionadas em baixo. Sabe como funcionam?

Tinder, Hinge e Bumble: Conhecer pessoas é estranho!

Hinge, Tinder e Bumble! O que muda? Bem, vamos por partes

Tinder

Tinder

Esta é a app mais popular, conhecida pelos seus swipes e quantidade de pessoas que nem se lembra que tem a app instalada. É uma plataforma que afirma ser capaz de criar qualquer tipo de relação, desde amizades, passando por encontros, e quem sabe, até a uma relação mais séria.

Porém, esta app é inegavelmente mais conhecida por ser a plataforma de quem quer encontros fáceis e rápidos, sendo bastante mais direta para isso do que as outras plataformas rivais.

Como funciona? 

Extremamente simples, se não quiser pagar, tem um número de “swipes” limitado, bem como algumas funcionalidades básicas abertas. Quando existe um swipe para o lado direito em ambos os lados, acontece um match, o que por sua vez possibilita uma conversa a dois.

Vale a pena salientar que pode escolher a distância ideal para si, bem como o sexo e idade do parceiro(a) ideal. Se quiser pagar, pode ainda mudar a sua localização, ou decidir aparecer apenas a quem já fez “swipe right”.

Porém, é uma plataforma assolada por perfis que não são reais (bots), que lhe acabam por gastar os swipes sem qualquer resultado. Fica também a ideia de que a performance da app é diferente nos primeiros dias, com mais “swipes”, mais conversas, etc… Parece um modelo feito para o obrigar a pagar.

Bumble

Bumble

Uma app um pouco diferente, porque apesar do facto de a funcionalidade base ser exatamente a mesma à do Tinder, quando existe um “match”, a conversa só pode começar quando a pessoa do sexo feminino quiser. O que facilita imenso o uso, porque é sempre mais fácil existir um lado que é obrigado a falar, especialmente quando utiliza uma forma de conversa diferente do clássico “olá”.

Além disso, todos os matches têm um tempo limite de 24 horas, existindo a possibilidade de o prolongar, se quiser dar uma oportunidade extra a uma certa pessoa.

Como acontece no Tinder, também existe um modelo premium em que pode pagar para desbloquear mais “swipes”, bem como outras funcionalidades.

No geral, fica a ideia de que é uma app mais fácil de começar uma conversa e mantê-la. Sendo também apontada para quem quer relações sérias, e não apenas uma saída para diversão.

Hinge

Hinge

Outra app diferente, que segundo a própria empresa, tem o grande objetivo de ser removida do seu smartphone. Porém, à semelhança do Tinder e Bumble, também conta com subscrições premium. (Afinal… É um negócio!)

Dito isto, ao contrário das outras apps, a premissa do Hinge passa por tentar conectá-lo a pessoas que tenham amigos em comum consigo no Facebook e Instagram. Além disso, também apresenta localização, idade, nome completo, entre outras coisas, para dar a ideia de que a pessoa é mesmo real. Ou seja, a ideia aqui passa por lhe dar alguma segurança extra.

Além disso, também existe agora uma nova funcionalidade que tenta fazer match com outras pessoas que tenham gostos parecidos aos seus, ou que façam “swipe” a pessoas do mesmo tipo.

Porém, oferece muitos menos “likes” ou “swipes” diários relativamente às outras plataformas. Além disso, também implica que alguém dê o primeiro passo para começar uma conversa, o que é uma grande desvantagem face ao Bumble. Como as outras apps, também conta com uma subscrição premium para desbloquear “likes”, bem como outras funcionalidades.

Conclusão

No fundo, pode usar uma destas apps, duas, ou todas as três. Bem, pode até utilizar 300 apps ao mesmo tempo, ninguém o vai impedir. Provavelmente até vai fazer “Match” com a mesma pessoa em mais do que uma app.

Mas uma coisa lhe posso dizer, mesmo que tenha alguma vergonha de chegar a casa com a sua nova namorada, e de dizer que a conheceu numa app… A realidade é que isso não tem problema nenhum. Vivemos em 2024, e existem apps. É normal!

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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