Tesla: pode esquecer os veículos de condução autónoma!

Após muitos anos de promessas de líderes da indústria como Elon Musk, um verdadeiro veículo autónomo continua a ser uma fantasia. De facto, muitos já esperavam que o carro os levasse do ponto A ao B sozinho enquanto dormia a sesta, lia livros ou punha os e-mails em dia. O próprio Musk prometeu que um Tesla totalmente autónomo estaria disponível no prazo máximo de um ou dois anos – quase todos os anos nos últimos dez. É uma visão tentadora. Mas o problema é que estes sistemas longe de salvar vidas, provocaram acidentes fatais. Assim trate-se ou não da Tesla esqueça os veículos de condução autónoma porque estão realmente muito longe.

Tesla: pode esquecer os veículos de condução autónoma!

O estado atual da condução autónoma é caracterizado por breves momentos de inteligência robótica. A assistência na faixa de rodagem é uma caraterística comum nos veículos mais recentes e alguns modelos Tesla conseguem navegar em troços de autoestrada com o mínimo de intervenção do condutor. No entanto estes avanços não chegam perto de concretizar a promessa dos carros totalmente autónomos de que temos ouvido falar na última década.

Como se mede a condução autónoma

A condução autónoma é medida numa escala de 0 a 5. O nível 0 significa que não há assistência ao condutor e o nível 5 significa uma condução totalmente autónoma, saída diretamente de uma série de ficção científica. São os níveis intermédios que atualmente têm impedido aqueles que trabalham para tornar o Nível 5 uma realidade. A maioria dos veículos inteligentes disponíveis para os consumidores, como os da Tesla, atingem o Nível 2, o que significa que o condutor tem de estar alerta e pronto a assumir o controlo a qualquer momento. Já os táxis-robô disponíveis em algumas cidades atingem o Nível 4, o que significa que fazem todo o trabalho, mas apenas dentro de uma área limitada e pré-programada.

O grande calcanhar de Aquiles é a adaptação em tempo real. Um condutor humano sabe a diferença entre um saco de plástico na estrada e uma criança humana e pode decidir, em conformidade, se deve desviar-se, travar ou passar. Um computador tem muito mais dificuldade em identificar novas informações ambientais. Se lhe mostrarmos mil fotografias de crianças, é possível que não reconheça a milésima primeira.

Porque tem enfrentado problemas?

Mesmo os carros que atingem um elevado nível de autonomia são atualmente propensos a erros chocantes que, segundo os críticos, provam como é perigoso utilizá-los na estrada.

A forma mais eficaz de conseguir carros verdadeiramente autónomos é colocá-los em ação, ou dito de outro modo, em funcionamento. Isto para que possam recolher dados para treino. O problema é que são demasiado perigosos para serem colocados em circulação e, se o fizessem, poriam em risco a segurança pública.

A Inteligência Artificial pode ajudar?

A IA da geração atual tem os mesmos problemas que a aprendizagem automática da década anterior, utilizada nos automóveis autónomos. Os modelos precisam de dados infinitos para funcionar, cuja recolha é um pesadelo logístico. Mesmo que funcionasse, a IA requer grandes quantidades de capacidade de processamento que dificultariam a tomada de decisões em tempo real.

Ou seja tudo ainda irá demorar.

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Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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