É muito provável que tenha uma gaveta em casa cheia de baterias de telemóveis antigos, ou pilhas AAA que antigamente utilizava para brinquedos, balanças, ou simples telecomandos.
Tudo normal, certo? Não! Estes produtos deviam estar a reciclados.
Tem uma gaveta cheia de pilhas? Ou baterias? Onde anda a reciclagem?
A reciclagem de pilhas e baterias ainda não está nos níveis que deveria estar, para o bem do ambiente, mas também para o bem da própria indústria, que está neste momento a lidar com uma escalada no preço das matérias primas mais utilizadas para a produção destes componentes essenciais para os nossos aparelhos eletrónicos.
Curiosamente, caso não saiba, segundo uma lei Europeia, assinada há uma década atrás, a partir de Setembro de 2022, todos os membros da União Europeia têm de recolher e reciclar, 45% de todas as pilhas vendidas no mercado aberto. Mas… Verdade seja dita, esta meta parece quase impossível de alcançar! Especialmente em países como Portugal.
As pilhas são um problema. Porquê?
Tanto as pilhas, como as baterias dos smartphones, smartwatches, e até dos nossos automóveis, são baseadas em químicos nefastos para nós, e para o meio ambiente. Por isso é que não se devem meter pilhas no lixo, porque vão acabar por ser incineradas, ou a ocupar espaço numa lixeira, com todos os seus componentes químicos a evaporarem, ou a infiltrarem-se no solo (e nas águas).
Reciclar baterias ou pilhas é eficiente? Infelizmente não.
O processo de reciclagem dá origem a vários materiais importantes, como o ferro, o zinco, e o ferro-manganês. No entanto, até aqui, ainda não é possível reciclar baterias e pilhas com lucro. Ou seja, apesar de já ser possível retirar muito material, o processo de reciclagem continua a ser mais caro relativamente ao valor daquilo que retiramos dos produtos originais.
Sendo exatamente por isso, que apesar da lei assinada, não vemos ainda uma grande aposta na reciclagem destes componentes.
Vamos chegar aos 45%?
Muito resumidamente… Não.
Dos 28 membros, pelo menos 14 vão falhar a meta, onde claro está, podemos incluir Portugal, que ainda se encontra abaixo dos 30%.
No entanto, existem excelentes exemplos no meio de tudo isto, como a Bélgica, Holanda, Suécia e Dinamarca, que já ultrapassaram, com alguma facilidade, os 45%
Porquê esta diferença? Bem, nos países mais desenvolvidos, existe um maior investimento na informação ao consumidor. O que por sua vez, chega de mão dada com um grande encorajamento à reciclagem! Ou seja, existem alguns prémios à mistura. Por exemplo, na Bélgica, existe um programa nas escolas, que com cada kg de pilhas recolhidas, são dados pontos aos alunos, que por sua vez podem ser trocados por equipamento desportivo, ou bilhetes para eventos culturais.
Similarmente, por terras Holandesas, se por acaso reciclar pelo menos 10 pilhas de uma só vez, entra automaticamente num sorteio com vários prémios, como vouchers de 1000€ para viagens, ou mesmo cheques prenda de vários valores.
Entretanto, noutros países, como Portugal, não temos grande encorajamento, nem campanhas como as referidas em cima.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!