Telegram lançou uma funcionalidade inovadora mas assustadora

Se já necessitou de se identificar on-line recorrendo a documentos como passaporte, carta de condução ou qualquer outro documento, sabe o quão chato pode ser. Tem de digitalizar esses documentos e, posteriormente, enviá-los para diversos sites sem perceber como é que os seus dados confidenciais vão ficar protegidos. Sempre que alguém volta a pedir documentos, tem de repetir novamente este processo.

É aqui que entra o Telegram, uma conhecida aplicação de conversação encriptada para iPhone, Android e PC.

Ora, esta aplicação (e serviço) passou a disponibilizar uma nova funcionalidade que permite armazenar os seus documentos de identificação na cloud com encriptação ponto a ponto. A ideia é sem dúvida muito boa, porque só necessita de digitalizar tudo de uma vez, armazenar na cloud e partilhar os dados com as empresas on-line que necessitam desses documentos para permitir a inscrição em serviços específicos.

Por outro lado, esta ideia é também incrivelmente assustadora porque tem que confiar no Telegram para armazenar esse tipo de documentação na cloud com segurança, e esperar que mais ninguém consiga aceder aos mesmos.

O Telegram afirma que os documentos e dados pessoais são protegidos por encriptação ponto-a-ponto, como acontece nas conversas. Lembramos que há algum tempo o Telegram entrou em choque com o governo russo porque tomou uma posição forte contra fornecer uma chave de descodificação. Como tal, é notório que o Telegram leva a segurança a sério.

Apesar de neste momento os dados ficarem guardados num servidor central, no futuro eles serão colocados num servidor descentralizado, o que parece indicar que o Telegram está a trabalhar numa solução baseada em blockchain.

A ePayments é a primeira empresa de pagamentos eletrónicos a oferecer suporte para este serviço.

Siga a Leak no Google Notícias e no MSN Portugal.

Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

Leia também