Ainda me lembro de ser um simples miúdo na mercearia/taberna da minha avó, e encontrar o mesmo velho frigorífico desde os meus 5~6 anos, até aos meus 25~26 anos.
Uma máquina robusta, mas simples, que apenas tinha a missão de refrigerar a comida. Uma máquina que apesar dos seus anos de idade, e preço original, fazia aquilo mesmo muito bem! Como tal, não existia a necessidade de trocar por um outro modelo mais recente, mais eficiente, com mais funcionalidades, etc… Pois bem, na opinião de muitos consumidores, hoje em dia, as coisas já não funcionam assim.
Por parte, porque os produtos já não são feitos com o mesmo “padrão” de qualidade do passado, mas também porque os consumidores não querem ficar “presos” a um simples produto, durante anos a fio. Hoje em dia existe uma ânsia de ter o que é novo, o que é melhor, mesmo que o produto antigo ainda funcione de forma perfeita ou quase perfeita.
Tecnologia – Hoje em dia, nada é feito para durar!
Portanto, é inegável que em alguns produtos, de algumas marcas, existe uma espécie de Obsolescência Planeada ou Programada, de forma a vender aquele tipo de produto mais vezes, ao mesmo consumidor.
Faz sentido! Afinal, esta é a única forma de as fabricantes fazerem dinheiro. Porém, apesar de ser realidade que existe uma queda na qualidade de construção, qualidade dos materiais utilizados, etc… A culpa do consumismo atual não está apenas nas fabricantes, está também no lado do consumidor.
Aliás, podemos até dizer que o mercado avançou ao mesmo tempo que a mentalidade dos consumidores também avançou. Mais concretamente, num mundo tão evoluído tecnologicamente como o nosso, pode ser um desperdício de energia, esforço, materiais, e até de dinheiro, criar algo capaz de durar gerações. Porque mesmo que o produto antigo esteja funcional, vai existir procura para o novo modelo.
Isto é algo que vemos muito no mundo dos computadores, smartphones, tablets, etc… Há quem mude de telemóvel todos os anos. Porquê? Falta de performance? Não… O consumidor quer ter acesso às mais recentes tecnologias. O que é legítimo, claro. É também por aqui que a legislação está a mudar, para garantir uma maior nível de sustentabilidade, e tentar mudar um pouco a mentalidade de consumo puro e duro do século XXI.
Conclusão
Sim, é inegável que a qualidade de construção caiu de forma muito significativa quando as empresas começaram a produzir em massa, todo o tipo de aparelhos, em continentes com mão de obra barata, como é a China ou a Índia.
Mas, também é verdade que se optar por gamas médias ou altas, de fabricantes reputadas, vai continuar a contar com produtos capazes de ultrapassar o teste do tempo.
Quer algo barato que dure pouco? Ou algo mais caro, que vai durar mais anos, ao mesmo tempo que corre o risco de perder algumas das novidades tecnológicas que poderão aparecer ao longo destes mesmos anos?
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