Passada quase uma década, os Estados Unidos voltaram a lançar astronautas no espaço. Esta foi a primeira vez em que o governo americano recorreu a uma empresa privada, à Space X, para colocar astronautas em órbita. Tudo é novo neste lançamento e houve uma grande evolução desde as primeiras naves espaciais. Embora se fale normalmente do design exterior, existe outro elemento que na maioria dos casos passa mais despercebido porque ninguém o vê. A interface que permite comandar as naves espaciais. A evolução é realmente incrível, desde as primeiras naves até aos dias de hoje como revela a imagem abaixo.
Space X: veja a evolução das interfaces das naves espaciais!
O centro de controlo da nova nave espacial, a Crew Dragon é mais parecido com algo saído do universo Star Trek do que qualquer outra nave espacial.
Como nas restantes tecnologias, passámos das interfaces físicas baseadas em botões, interruptores e mostradores, para outras com LCDs alfanuméricos. Depois tivemos também pequenos ecrãs multifunções que foram substituídos por painéis sensíveis ao toque que permitem mudar dinamicamente a sua aparência de acordo com as necessidades da tripulação.
Os ecrãs sensíveis ao toque são a maior tendência da atualidade. Na aeronáutica, aos poucos, os aviões estão a substituir as interfaces físicas por estes ecrãs. E enquanto alguns pilotos ainda resistem por razões teóricas de segurança, a verdade é que a Airbus, a Boeing e, especialmente, as marcas de jatos particulares, estão rapidamente a caminhar para os ecrãs gigantes que mostram os instrumentos.
O mundo espacial, no entanto, nunca deu esse salto.
Tivemos a cápsula Mercury com os instrumentos de qualquer avião a jato e depois a cápsula Apollo com poucas inovações. A versão de 2002 foi a mais avançada, com a introdução de ecrãs multifunções.
A Crew Dragon é algo completamente diferente. Primeiro, o espaço interior é muito maior, com capacidade máxima para sete tripulantes – embora a NASA use apenas um máximo de quatro assentos.
Mas o mais impressionante é o espaço interior. Longe de ser um monte de componentes, botões e ecrãs. Tudo são linhas limpas, como é possível ver-se no vídeo abaixo.
Os botões e mostradores não desapareceram completamente. Ainda restam alguns na parte inferior dos três painéis que compõem o controlo da nave espacial.
Mas o resto desapareceu completamente. Não há sequer um indicador de atitude física, algo que deixará muitos pilotos nervosos.
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