Atenção! O seu smartwatch pode deixá-lo em perigo!

O seu smartwatch, tal como acontece com a maioria dos dispositivos ligados à Internet, pode deixá-lo em perigo. Tudo porque a maioria dos smartwatches modernos têm capacidades de localização e de deteção de comportamentos que levantam preocupações de segurança e privacidade. No entanto é por isso que devemos deixar de utilizar estes dispositivos? Não necessariamente. Temos é de saber o que nos pode deixar em perigo e evitar esses comportamentos.

Atenção! O seu smartwatch pode deixá-lo em perigo!

Os smartwatches são equipamentos muito úteis. No entanto também se ligam à Internet, o que significa que estão longe de ser imunes aos riscos de privacidade e segurança que assolam grande parte da tecnologia moderna. A principal razão pela qual muitos smartwatches têm menos segurança do que seria de esperar é que os pequenos dispositivos têm menos espaço para os fabricantes incorporarem capacidade de processamento, bateria e segurança.

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Mas afinal o que nos deixa em risco?

O nosso smartwatch recolhe constantemente vários elementos relacionados com o nosso corpo (gordura, água, massa muscular e oxigénio no sangue) e atividades que realizamos (temperatura, frequência cardíaca e sono). Estes dados ficam então sincronizados com todos os nossos dispositivos e os servidores da empresa.

Recolha de dados

Para já há duas formos dos nossos dados chegarem às mãos erradas. Uma é se um intruso tomar conta do nosso smartphone e de todos os dados lá contidos. A outra forma de os nossos dados ficarem comprometidos é no caso de uma violação de dados ou ciberataque. Não podemos fazer nada para ir de encontro a estes riscos. No entanto é boa ideia optarmos por uma empresa maior e que tenha mais meios para se defender de ataques. É que uma marca mais desconhecida e com menos capacidade pode representar um maior risco à nossa segurança.

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Além destes ataques e violações de dados, existe também o facto de as aplicações de terceiros também terem acesso aos dados sensíveis dos utilizadores que o smartwatch recolhe. A sua melhor defesa contra esta intrusão é desinstalar aplicações desnecessárias.

Transferência de dados entre o relógio e o smartphone

A segurança Wi-Fi e Bluetooth melhorou nos últimos anos. No entanto, estas tecnologias continuam vulneráveis a violações de dados. Dito isto, há três formas do Bluetooth estar aberto a ataques: bluejacking, bluebugging e bluesnarfing. Estes dois últimos métodos tornam possível que os criminosos roubem dados do dispositivo. Mesmo sem nos apercebermos.

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Entretanto os smartwatches têm três métodos de ligação: Bluetooth, Wi-Fi ou LTE. A maioria dos modelos vem equipado com Bluetooth e Wi-Fi, enquanto os modelos mais caros têm LTE. Os modelos Bluetooth/Wi-Fi sincronizam-se com uma aplicação para transferir dados do relógio para o smartphone (e servidores da empresa). Os modelos LTE, no entanto, podem ligar-se diretamente à internet e sincronizar dados em tempo real. No entanto, os modelos LTE normalmente consomem mais energia, e a maioria das pessoas prefere usar Bluetooth ou Wi-Fi.

Não importa qual modelo escolha. Há sempre o risco de que alguém com as ferramentas e motivação certas possa atacar o seu dispositivo e roubar dados.

Estamos sempre a ser seguidos

O seu relógio pode usar dados GPS para criar um mapa de treinos ao ar livre ou do seu trajeto. Isto faz com que estejamos sempre a ser seguidos. É que normalmente andamos sempre com o relógio no pulso.

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Desligar o rastreio depende, obviamente, do dispositivo que tiver. Pode desativar os serviços de localização no Apple Watch, por exemplo, indo a Definições > Serviços gerais de localização > e desligá-lo. O mesmo método aplica-se aos smartwatches que utilizam o WearOS.

O que podemos fazer para estarmos mais seguros?

  • Afaste-se dos Wi-Fis públicos. Isto pode deixá-lo em risco.
  • Mantenha o sistema operativo do seu smartwatch atualizado. Tudo para que não possam ser exploradas falhas de segurança.
  • Atualize regularmente o seu smartphone.
  • Elimine os dados do smartwatch regularmente.

Se tiver cuidado e apesar do smartwatch nos poder deixar em perigo, o risco será muito menor.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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