Com o lançamento do Zenfone 11 Ultra em 2024, podemos dizer que o smartphone compacto, ou à boa maneira Portuguesa, o “smartphone pequenino“, está agora em vias de extinção.
O que levanta várias questões… Qual é a razão para que ao fim de tantos anos de smartphones modernos ao estilo do iPhone ou aparelhos Galaxy S, os consumidores sempre preferiram tamanhos grandes ou simplesmente exagerados?
Toda a gente quer um tablet nas suas mãos? Isto faz sentido? Ou há mais no meio da história?
Smartphones pequenos acabaram! A culpa é nossa?
Portanto, apesar dos muitos esforços de várias fabricantes, onde curiosamente até podemos incluir nomes como a Sony, Samsung e Apple, o smartphone compacto nunca vendeu como muitos esperariam.
O que é realmente muito curioso!
Afinal de contas, num mundo dominado por smartphones “grandes”, seria de esperar que uma grande fatia do mercado continuasse a preferir aquela que era a tendência da altura antes da chegada do smartphone moderno, que aconteceu em 2007 com o iPhone original. Estamos a falar da altura dominada pela Nokia, e os vários telemóveis “flip” da nossa infância. Mas não!
O consumidor mudou-se de malas e bagagens para tamanhos muito superiores aos de “antigamente”, e mesmo apesar do facto de ainda existir uma percentagem a preferir aparelhos mais pequenos. Esta não é suficientemente alta para justificar uma economia de escala. Sendo exatamente por isso que a Apple tentou o “mini” durante 2 anos, e depois acabou por desistir.
Isto também é curioso, porque os modelos mini do iPhone venderam muito mais que outros modelos Android, alguns até bastante populares. Mas para a Apple não faz sentido vender um modelo muito menos popular face aos restantes. É muito mais vantajoso (leia-se lucrativo) ir atrás das tendências de mercado… A tendência é Maior = Melhor!
Em suma, todos os esforços caíram por terra, e ao que tudo indica, o smartphone compacto, pelo menos o topo de gama, já deixou de existirm, ou está prestes a deixar de existir no mercado. Isto para provavelmente nunca mais voltar.
Basta olhar para a imagem ecima, para perceber que o caminho do smartphone tem sido só um… Crescer!
Curiosamente, em todas as gamas! Ao fim e ao cabo, até os aparelhos de gama baixa e média seguem esta mesma tendência, como podemos ver pelo Nothing Phone (2a) com o seu ecrã de 6.6” ou o Redmi Note 13 Pro+ da Xiaomi.
Assim, depois do quase desaparecimento da Sony, da desistência da Apple que até tinha um iPhone mini extremamente interessante, e agora da preferência da ASUS por modelos Ultra super grandes… O smartphone compacto com características topo de gama desapareceu do mercado, e provavelmente nunca mais voltar. Porquê? Porque não vende!
Basta olhar para os números do iPhone Mini para perceber isto mesmo. Não existe volume suficiente para justificar o lançamento de um smartphone compacto com características técnicas próprias de uma gama alta.
Porquê que isto acontece?
Bem, o smartphone mudou a forma como consumimos conteúdo multimédia, e como tal, trouxe a mentalidade do “maior = melhor”. Podemos jogar jogos com mais qualidade, ver conteúdo de maior resolução, etc…
Mas, temos de ser honestos e apontar que não é só isto! Apesar dos esforços das fabricantes, os smartphones “mini” ou “compactos” sentiram-se sempre como um compromisso.
Não era só o ecrã que ficava mais pequeno. Normalmente eram mais limitados na autonomia graças ao tamanho mais reduzido da bateria, tinham um módulo de câmaras mais limitado, e nem sempre vinham equipados com muita memória RAM ou capacidade de armazenamento. Ou seja, apesar de alguns esforços interessantes, o smartphone “mini” sempre se sentiu como um smartphone “lite”! Uma versão com compromissos daquilo que é o smartphone a sério.
O smartphone dobrável “Flip” é o substituto?
Acredito que na cabeça de algumas fabricantes, o formato dobrável possa compensar este desaparecimento. Porém, como já deve ter percebido, apesar dos muitos esforços, o formato dobrável ainda não convenceu os consumidores. Aliás, começa a ficar a ideia de que o formato dobrável é uma gigantesca montanha que acabou a parir um rato. Pode não ser por aí!
O que você acha? Quer mais pequeno ou maior? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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