Smartphones Modulares: A promessa que nunca foi…

Os telemóveis modulares têm sido uma história extremamente interessante, quase sempre de grandes promessas, mas claro, com ainda maiores desilusões. Várias fabricantes anunciaram iniciativas para smartphones total ou parcialmente modulares, mas, atualmente, só temos casos de nicho. Curiosamente, algumas destas empresas já nem sequer existem, ou já não estão envolvidas com o mundo dos smartphones.

Será que alguma vez vamos ter um smartphone realmente modular? Ou conseguir voltar a trocar uma simples bateria já vai ser uma festa?

Smartphones Modulares: A promessa que nunca foi…

Portanto, logo para começar, é preciso ter a noção daquilo que é na verdade um smartphone modular.

  • Um smartphone modular é um aparelho pensado desde a sua base para que os utilizadores possam atualizar ou substituir componentes e módulos sem necessidade de recorrer a serviços de reparação ou de revenda. O componente mais importante é a placa principal, à qual estão ligados outros componentes, como as câmaras e as baterias.

Mais concretamente, em vez de ir a uma loja comprar um smartphone, pode pura e simplesmente comprar uma “base”, e depois montar o smartphone à sua medida. Entretanto, no futuro, se quiser fazer atualizações, basta trocar módulos e não voltar a comprar tudo de novo.

Imagine que quer um ecrã melhor, com maior resolução, e um potencial de brilho também ele maior. Troque só o ecrã. Quer mais performance ou mais memória? Troque apenas esses módulos.

É uma forma de fazer as coisas muito ao estilo de PC, porém, com menos restrições, visto que no lado dos computadores existem sempre alguns problemas com compatibilidade, com o “caminho de atualização” a depender sempre da plataforma que escolheu.

Já existiram esforços a sério!

Possivelmente já nem se lembra, porque passaram uns quantos anos, mas tivemos o Project Ara, da própria Google, a prometer um smartphone modular muito a sério. Inicialmente um projeto low-cost, para depois começar a prometer um gigantesco ecossistema de componentes modulares. No final, nunca deu em nada. (Até porque as muitas parceiras da Google não devem ter achado grande piada ao esforço…)

  • Nota: A estratégia de mercado de todas as marcas que hoje em dia lançam smartphones. Passa por lançamentos anuais, por vezes semestrais. Como deve imaginar, manter o mesmo smartphone, e trocar só componentes, acaba por ser uma gigantesca facada nessa estratégia.

Também tivemos outros exemplos como o Moto Mods, ou o LG G5, mas sempre em moldes muito limitativos.

Alguns dos Mods da Motorola

A modularidade ainda existe, mas é uma sombra!

Caso não saiba, apesar do facto de não ser um smartphone modular a sério, o recentemente lançado CMF Phone 1 traz algumas brincadeiras neste sentido, existindo a possibilidade de montar um apoio traseiro para a traseira, meter uma carteira, entre outras coisas.

É interessante, mas é a forma de modularidade menos ambiciosa que vimos no mundo mobile. Ao ser também a mais barata de se fazer em massa. Porém, pelo menos esta foi uma realidade no mercado, o que já não é nada mau.

Dito tudo isto, gostava de ver mais modularidade no mercado? Ou é um conceito que pura e simplesmente nunca vai pegar, ou nunca vai ter o apoio das marcas?

Ao seguir a Leak no Google Notícias está a ajudar-nos. Carregue aqui e depois em seguir.
Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

Leia também