Não é que seja algo surpreendente. No entanto, também não é daquelas coisas que damos por garantido. Pensamos sempre que não acontece. Mas na realidade qualquer coisa que se faça, sobretudo jornalistas e ativistas, tem sempre bastante importância para alguém e é exatamente por esse motivo que resolveram infetar-lhes os smartphones com spyware. É uma história complexa e uma grande investigação feita pelo jornal Washington Post em colaboração com outros 16 orgãos de comunicação.
Smartphones de jornalistas e ativistas estão infetados com spyware
Esta informação avançada por este jornal de referência caiu que nem uma bomba. De facto, são 37 smartphones de jornalistas e defensores de direitos humanos. Na prática estão a ser espiados. Entretanto o site de tecnologia Cnet reporta que a ameaça utilizada nestes equipamentos teve origem na NSO Group. Uma empresa de espionagem baseada em Israel. Lembro que por norma disponibiliza este tipo de sistemas a agências governamentais para espiarem criminosos ou terroristas. Pois bem, só que as pessoas em questão não o são certo? O problema é que esta questão dos terroristas nunca é seguida à risca. Assim, estes sistemas são utilizados de forma ilegal pelos governos em vários paÃses.
Uma parte estranha da investigação mostrou que dois dos dispositivos infetados pertencem a duas mulheres próximas de  Jamal Khashoggi. Um jornalista da arábia saudita brutalmente assassinado na Turquia pelas más relações com a familia real Saudita.
Esta investigação recebeu o nome de Pegasus Project e já encontrou centenas de smartphones infetados em vários paÃses. De facto, em mais de cinquenta. No entanto, os 37 que referi acima, acabam por ser os mais importantes.
No entanto parece que nem todos os 37 equipamentos foram totalmente infetados. Parece que só 33 revelaram todas as informações. Para além de jornalistas e ativistas parece que também existem primeiros ministros e chefes de estado que também estavam a ser espiados.
A NSO entretanto nega qualquer envolvimento
De facto, eles dizem que esta investigação está cheia de assunções e teorias não corroboradas que levantam dúvidas séries acerca dos interesses das fontes. No entanto, não é a primeira vez que ouvimos falar desta organização israelita. De facto, já se tinha falado dela. Isto quando o smartphone do ex-CEO da Amazon recebeu um software de espionagem. O mesmo também já aconteceu com muitos outros jornalistas. Dito isto, é sem dúvida uma história que ainda vai dar muito que falar.
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