Como estamos fartos de dizer ao longo das últimas semanas, o smartphone já chegou a um ponto em que é cada vez mais complicado melhorar de forma muito significativa a experiência de utilização, ou adicionar funcionalidades inovadoras e irreverentes em todas as gerações.
É por isso que todos os lançamentos, especialmente na gama mais alta, acabam por ser um pouco de mais do mesmo, com melhorias muito leves, quase sempre a preços mais elevados.
Isto pode e deve fazer com que os consumidores questionem se vale a pena ir para o mais recente, ou optar por algo mais antigo, desvalorizado, mas ainda assim incrÃvel no grande panorama das coisas. Ou seja, acredito muito honestamente que começa a fazer cada vez mais sentido olhar para os modelos do ano passado, em vez de olhar pura e exclusivamente para as novidades mais recentes, e mais caras, do mercado.
Smartphones: Faz todo o sentido comprar o topo de gama do ano passado!
Portanto, como dissemos no artigo de comparação do S23 Ultra ao mais recente e mais caro S24 Ultra, as diferenças são realmente muito ligeiras, com a fabricante muito focada no software comparativamente ao hardware que dá vida aos seus aparelhos.
Uma questão interessante, visto que tudo aquilo que o software traz de novo na nova geração, especialmente no campo da Inteligência Artificial, vai eventualmente também chegar à geração passada (Galaxy S23).
Uma estratégia de suporte cada vez mais normal no lado da Samsung, que é de louvar, mas que é na realidade algo cada vez mais comum em todo o mundo mobile.
O que levanta a questão deste artigo… Não faz mais sentido poupar cerca de 500€, comprar o modelo topo de gama do ano passado, e assim ter um smartphone 99% similar em todos os aspetos ao mais recente e mais desejado?
É que de forma muito curiosa, isto não acontece apenas na Samsung!
Nesta discussão podemos também incluir a Apple, a Xiaomi, a HONOR, a VIVO, a Oppo, a OnePlus, entre muitas outras fabricantes.
Ou seja, todos os novos smartphones já não chegam ao mercado a ter como alvo todos os consumidores, mas sim quem já não atualiza a algum tempo. De forma mais concreta, o iPhone 15 não tem como alvo quem tem um iPhone 13 ou 14. Isto da mesma forma que um S24 não tem como algo quem tem um S22 ou S23.
O que claro… Abre a janela a que os consumidores optem pelo aparelho do ano passado!
Afinal, feliz ou infelizmente, já não existem grandes evoluções, com todas as melhorias a estarem agora muito dependentes daquilo que a Qualcomm, MediaTek, etc… São capazes de fazer em termos de melhorias no campo da performance e eficiência energética no lado do SoC.
No fundo, a estagnação no mundo dos smartphones está para continuar. Aliás, na realidade, a grande novidade para 2024 e para o futuro próximo, ou seja, a grandiosa Inteligência Artificial… Ainda não foi capaz de convencer absolutamente ninguém.
Talvez mais importante que isso, a grande maioria da computação IA é feita em servidores e não localmente. Como tal, não depende do hardware do seu smartphone. (Sendo exatamente por isso que o Galaxy AI vai chegar aos Galaxy S23, Z Fold5 e Z Flip5).
Quer um smartphone novo e caro… Ou um smartphone ligeiramente mais antigo, mais barato, mas ainda assim extremamente parecido e capaz face aos modelos mais novos? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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