Durante muitos e bons anos, vimos várias fabricantes a apostar nos mesmos sensores de fotografia, normalmente de 12MP, nos seus smartphones topo de gama, como é o exemplo da Samsung, da Google, e claro, da Apple. Sabe porquê? Porque hoje em dia, o sensor apenas conta uma pequena parte da história daquilo que é uma captura de imagem.
O que nós vemos no ecrã do nosso telemóvel, e depois vamos meter nas muitas redes sociais em que estamos inseridos, levou um tratamento de software tão grande, que muitas vezes, o que ali está, nem corresponde muito bem à realidade, e aquilo que o sensor capturou originalmente.
Mas, na realidade, é exatamente isto que os consumidores querem, sendo também devido a tudo isto, que as fabricantes continuam apostar no pós processamento, de uma forma cada vez mais agressiva. Talvez demasiado agressiva, tais têm sido os avanços na fotografia via smartphone.
Fabricantes de Smartphones estão a cometer erros na fotografia
Portanto, tem sido mais ou menos nos últimos anos, que temos visto a Samsung, Google, e Apple, a finalmente abandonar os seus velhos sensores de 12MP, para finalmente apostarem em sensores maiores, com maior resolução, e por isso mesmo, capazes de capturar mais informação.
Para ter noção da coisa, a Google andou a utilizar o mesmo exato sensor de 12MP (IMX363) da Sony, durante 4 iterações do seu Pixel topo de gama. Sabe porquê? Porque a gigante da pesquisa foi capaz de conseguir chegar a um equilÃbrio de sensor + processamento de imagem simplesmente incrÃvel. Sendo exatamente por isso, que durante esses anos, se quisesse o melhor smartphone para fotografia, teria sempre de olhar para um Google Pixel. Aliás, o gama média Pixel 6a continua a utilizar esse mesmo combo.
No entanto, em 2022, já vimos algumas novas apostas, com a Apple a apostar num novo sensor de 48MP, e a Google a apostar num novo sensor de 50MP, para os seus modelos topo de gama. O que claro está, resultou em capturas de imagem um pouco mais estranhas, um pouco mais artificiais, e pela primeira vez em muito tempo, estas capturas estranhas, não passaram despercebidas aos olhos dos consumidores.
Mas… Se por acaso pensa que isto é novidade? Está muito enganado! Este processamento existe, porque os consumidores preferem uma imagem “falsa”, mas que fique bem nas redes sociais.
Uma das fabricantes que mais fez isto, e que mais teve sucesso com esta estratégia, foi nada mais nada menos que a Huawei com os seus telemóveis P20, Mate 20, P30, etc… Como podemos ver no duelo S10 vs P30, que fizemos na altura.
Porque estão as fabricantes a cometer erros?
Bem, os sensores utilizados nos mais recentes topos de gama, são significativamente maiores, capazes de capturar mais luz. Por isso, mais poderosos na captura de imagem. Sendo exatamente por isso, que num mundo normal, não seria necessário um processamento de imagem tão agressivo, ao ponto de transformar uma imagem, ou uma pessoa, em algo completamente irrealista.
É exatamente por isso que estou à espera de ver um renovado foco destas fabricantes, na veracidade das fotos em 2023.
A começar logo pela Samsung, que vê em 2023, uma oportunidade de ouro para finalmente ser considerada como um peso pesado no mundo da fotografia! Tudo muito graças ao lançamento do seu sensor de 200MP no Galaxy S23 Ultra. Um smartphone que agora conta com a ajuda de um Snapdragon 8 Gen2 ‘especial‘, para levar a qualidade fotográfica a todo um outro nÃvel.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Partilha da nossa opinião, ou o processamento de imagem irrealista, deve ficar exatamente igual? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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