Como estamos fartos de dizer, o smartphone dobrável já não é, de todo, uma grande novidade para ninguém atento ao mundo mobile. Afinal, a Samsung já lançou o seu primeiro smartphone dobrável digno desse nome no distante ano de 2019, e na realidade até já vai na sexta geração de aparelhos capazes de se dobrarem ao meio, depois de lançar os novos Galaxy Z Flip 6 e Fold 6 no passado dia 10 de Julho.
Aliás, em 2024, além da Samsung, já existem muitas outras fabricantes a desenvolver aparelhos dobráveis, como é o caso da Xiaomi, Oppo, Honor, Huawei, OnePlus, Vivo, e na verdade até a Google com o seu Pixel Fold. Porém, entre todas estas fabricantes, poucas são aquelas que lançam os seus modelos dobráveis mais apetitosos fora da China, e quando o fazem, é quase sempre com preços absurdos porque sabem que pouco ou nada vão vender.
Talvez mais importante que isso, a força mais dominadora do mundo mobile – Apple – ainda não lançou um único smartphone dobrável. Mas… Porquê!?
Smartphones dobráveis: Apple não quer, os outros não vendem. Porquê!?
Portanto, se nos formos focar apenas e só na Samsung, que é hoje em dia quem mais aposta no formato, e por isso quem mais vende aparelhos dobráveis a uma escala global, a realidade é… Os novos dobráveis Galaxy Z nem sequer foram a estrela do recente evento da Samsung! Os holofotes ficaram muito mais em cima do novo Galaxy Watch Ultra, e também do primeiro anel inteligente da fabricante, o Galaxy Ring.
Isto não é por acaso…
Se formos mesmo muito sinceros, apesar de todo o know-how que a Samsung tem, fica a ideia de que nem a gigante Sul-Coreana sabe como vender um Fold ou um Flip a consumidores novos.
Sim, é verdade que o Z Fold é muito provavelmente o aparelho tech mais avançado e mais curioso que a Samsung tem para oferecer. Além disso, o Z Flip 6 continua a ser um aparelho muito curioso ao tentar minimizar aquele que é um dos maiores problemas do mundo moderno dos smartphones, o seu exagerado tamanho.
Mas, ainda assim, mesmo após 6 gerações de aparelhos, a realidade é que a experiência de utilização de um dobrável não tem mudado nada por aí além face às primeiras unidades a chegar às prateleiras do mercado global.
Aliás, as grandes novidades dos novos Galaxy Z Flip 6 e Fold 6 estão num pequeno aumento de performance, melhoria no design, e acréscimo de funcionalidades IA.
Nada de revolucionário! Que realmente chame a atenção do consumidor.
Desta forma, o fator diferenciador entre os smartphones tradicionais e os dobráveis teima em convencer os consumidores.
Fica até a ideia de que o comboio já passou, e que este mercado vai continuar a ser um simples “Nicho”, com a grande maioria dos consumidores a preferir um Galaxy S ou um iPhone, os aparelhos que continuam a dominar as vendas globais no mundo mobile.
Os entusiastas, que têm de ser os primeiros a adotar uma tecnologia antes de a mesma chegar às massas, continuam a olhar para os smartphones dobráveis como algo interessante, mas pouco revolucionário, e sem provas dadas. (Além disso, bastante caro!)
Ainda não existe um conjunto de apps capaz de aproveitar o formato em pleno, e como tal, para quê gastar tanto dinheiro em aparelhos que no fundo são versões muito similares, e em alguns aspetos um pouco piores, face aos smartphones que a Samsung já tem no mercado!?
Afinal, em termos de hardware, o Z Flip 6 é um Galaxy S24 ligeiramente mais rápido com menos uma lente. Isto enquanto o Galaxy Z Fold 6 é um Ultra mais pesado e com câmaras ligeiramente inferiores.
Apple quer ou não lançar smartphones dobráveis?
Não é uma questão de querer ou poder.
A Apple não tem pressa para entrar neste mercado, porque quem já se meteu dentro da “coisa”, ainda não foi capaz de retirar rentabilidade ao investimento feito até aqui.
O que faz sentido! Afinal, o smartphone dobrável é ainda uma aventura “cara” devido ao ecrã OLED flexível e dobradiçã complicada. Por isso, a Apple, que continua a fazer um sucesso absurdo com o seu iPhone. (Que diga-se de passagem, pouco ou nada mudou nos últimos anos…). Prefere apostar naquilo que conhece! Isto com margens altas, de forma a crescer a sua quota de mercado.
Isto não significa que a Apple não esteja a desenvolver smartphones dobráveis, porque está. Porém, não é expectável que a Apple lance algo em 2025 ou 2026. A Apple quer perceber o que resulta e o que não resulta, para depois lançar algo diferenciado, com uma chance muito maior de sucesso.
Se a Apple achar que não existe nada para se ganhar neste mercado, o mais provável é nem lançar um dobrável.
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Ainda olha para o smartphone dobrável como algo interessante? Ou não faz sentido aos preços atuais? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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