Como já deve ter percebido, está tudo mais caro no mundo dos smartphones. Encontrar uma “bomba” capaz de rivalizar com os aparelhos topo de gama a 300€~400€ é hoje em dia uma missão quase impossível. Além disso, os sempre apetecíveis “quase topo de gama” também encareceram, com o OnePlus 11 a custar 849€, o ZenFone 10 a custar 829€, e mais recentemente tivemos também a chegada do Nothing Phone (2) a 679€.
Sabe porquê? Apesar de ter algum impacto, não é só ganância! As fabricantes não estão a aumentar os preços só por causa dos impactos da pandemia nas linhas de produção e distribuição, custos dos componentes, ou pela inflação. Hoje em dia, os consumidores preferem gastar acima dos 600€ no seu novo smartphone!
Sendo exatamente por isso que as marcas começaram a jogar com essa tendência, e claro, a moldar o mercado para empurrar os consumidores a gastar ainda mais dinheiro.
Smartphones acima dos 600€? A culpa é sua!
Portanto, recentemente fui a um evento de apresentação de dois novos smartphones muito importantes para o mundo mobile. Onde tive o prazer de discutir o estado do mercado atual como uma das figuras mais importantes dessa marca em território Nacional. Pois bem, fiquei a saber que as vendas no mercado Premium, ou seja, os smartphones acima dos 600€, cresceram mais de 300% nos últimos meses.
Sim, as vendas mais que triplicaram no segmento mais caro do mundo dos smartphones. Os consumidores estão cada vez menos interessados em aparelhos amigos da carteira, e mais focados em conseguir ter o melhor do melhor nas suas mãos.
Algo que faz algum sentido, porque o smartphone é cada vez mais o aparelho computacional principal de todos nós. Mas é efetivamente mau, porque está a destruir a evolução que tivemos a oportunidade de ver nos últimos anos, em que até um aparelho de 200€ era capaz de oferecer um nível de qualidade de utilização absolutamente incrível.
O que está a acontecer?
Devido a tudo isto, como não faz qualquer sentido ir contra os factos e evidências, as próprias fabricantes estão a aumentar os preços nas gamas mais altas, ao mesmo tempo que criam diferenças palpáveis entre as gamas médias, as gamas médias-altas, e claro, as gamas mais altas.
Não é por acaso que em 2023 a Samsung apresentou mas não lançou um Galaxy A73 na Europa, deixando apenas o Galaxy A53 na posição de gama média ‘premium’. É exatamente a mesma estratégia que a Apple adotou com os seus iPhone 14 em 2022 e 2023.
Afinal, a ideia é criar um foço de proporções significativas entre um e outro aparelho, de forma a empurrar os consumidores para o aparelho mais poderoso, e mais caro. Infelizmente, isto começa a acontecer com todas as fabricantes do mundo Android! Porquê? Porque resulta!
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