Smartphone Android: faz mal tĂȘ-lo sempre no carregador?

Quase que podemos dizer que a bateria Ă© o componente mais importante de um smartphone. Se funcionar mal pouco podemos fazer com o nosso equipamento. Embora numa fase inicial os problemas nĂŁo sejam muito frequentes podemos acelerar isto com algumas coisas que fazemos. Dito isto, serĂĄ que faz mal termos sempre o smartphone Android no carregador?

Smartphone Android: faz mal tĂȘ-lo sempre no carregador?

Uma coisa Ă© certa. NĂŁo Ă© possĂ­vel carregar demais um smartphone. NĂŁo Ă© por esse motivo que o equipamento vai ultrapassar os 100%. O sistema de gestĂŁo do smartphone desliga o carregamento quando Ă© atingida a capacidade mĂĄxima.

Mas atenção. NĂŁo Ă© boa ideia ter sempre a bateria dos smartphones no mĂĄximo ou sempre ligados no carregador. AliĂĄs se muito veĂ­culos elĂ©tricos cortam o carregamento aos 80% deve haver uma razĂŁo para isto. AliĂĄs a Samsung vai aplicar este conceito aos novos smartphones dobrĂĄveis. É algo opcional mas ainda assim importante para garantir a saĂșde da bateria.

E deixar a bateria chegar zero?

Antigamente era aconselhĂĄvel fazer-se isto, pelo menos, uma vez ou outra. Era quase um modo de recalibrar a bateria. Agora nĂŁo.

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De facto, descarregar as baterias na totalidade pode levar a reacçÔes químicas que vão ter impacto na bateria do smartphone. Eventualmente algumas pessoas não saberão mas quando ficam sem bateria no smartphone na realidade ficam com um bocadinho de nada armazenado. Isto para não causar problemas.

A recomendação é que se carregue o smartphone quando se chega à casa dos 30%.

Mas hĂĄ outra questĂŁo importante que diz respeito ao carregamento rĂĄpido

Um carregador dos mais normais debita cerca de 5 ou 10 watts. Um råpido pode aumentar esta saída em cerca de dez vezes. Ora a menos que exista algum problema técnico no smartphone, utilizar um carregador råpido não vai prejudicar a bateria do seu smartphone e a explicação é relativamente simples.

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As baterias de carregamento rĂĄpido funcionam em duas fases. Na primeira aplica-se uma grande energia quando o smartphone nĂŁo tem praticamente bateria. Assim conseguimos recuperar rapidamente autonomia com 10, 15 ou 30 minutos de carga. Isto acontece porque na primeira fase de carregamento os smartphones conseguem absorver uma grande quantidade de carga sem efeitos negativos na saĂșde do smartphone. Por exemplo, no caso do Galaxy S20 Ă© possĂ­vel ir dos zero aos 70% em cerca de meia hora.

Depois desta primeira fase de carregamento parece que Ă© muito mais difĂ­cil carregar os 20 ou 30% que faltam do que os 70 ou 80% que carregaram rapidamente.

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Ora Ă© nesta segunda fase que Ă© preciso mesmo cuidado. Assim os fabricantes lidam com cuidado com a velocidade de carregamento para que nĂŁo ocorra qualquer problema na bateria. Esta questĂŁo da bateria Ă© vĂĄlida tanto no caso de um smartphone Android como num iPhone. A tecnologia Ă© a mesma.

Li uma comparação interessante por parte de um responsĂĄvel do site iFixit que compara a bateria a uma esponja e isto Ă© sem dĂșvida a melhor explicação que se pode dar. Quando colocamos ĂĄgua numa esponja seca, ela absorve muito rapidamente a ĂĄgua. Imaginem isto como a primeira fase de carregamento. Depois se continuarmos a colocar ĂĄgua chega a uma altura em que ela jĂĄ vai absorver a ĂĄgua muito mais lentamente atĂ© o deixar de fazer. É exatamente assim que funciona a bateria.

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Se as baterias nĂŁo agissem desta forma entĂŁo irĂ­amos ficar com sĂ©rios problemas. É por esse motivo que apesar da mĂĄ fama os problemas sĂŁo raros. Isto desde que esteja tudo a funcionar bem no interior. Na segunda fase Ă© preciso dar-se tempo Ă  bateria para absorver a carga e evitar problemas.

O famoso problema com o Galaxy Note 7 deveu-se a problemas na carga rĂĄpida? Na realidade, nĂŁo. Estava mesmo relacionado com o design da bateria.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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