Depois da proibição imposta por Donald Trump à Huawei, a grande maioria dos entusiastas tecnológicos preocupou-se imediatamente com o mundo Android… Ao fim ao cabo, o que iria acontecer à segunda maior fabricante de smartphones do planeta!? Contudo, a Huawei não é apenas uma empresa que produz smartphones! Estamos a falar de uma empresa gigantesca que produz quase tudo, incluindo portáteis baseados no Sistema Operativo Windows.
Dito isto, muitos pensaram que a Huawei iria desistir do mercado de PCs! Tudo devido ao facto de não conseguirem meter as mãos em mais processadores x86 da Intel, nem no Sistema Operativo mais utilizado do planeta, o Windows 10 da Microsoft.
Além disto, é também preciso ter em conta que o negócio de PCs da Huawei contribuía qualquer coisa como 1% para a receita anual total. O que é obviamente irrisório nas contas da gigante.
No entanto, contra todas as expetativas… A Huawei decidiu não desistir do mercado de PCs!
Já sabemos que a Huawei conseguiu garantir licenças para continuar a sua produção de portáteis, aliás, até já tivemos a oportunidade de analisar o MateBook D14, um portátil Windows com hardware AMD que me impressionou forte e feio no início de 2020, ao apresentar uma construção e performance muito acima do seu preço de mercado.
Mas voltando ao assunto… Os planos da Huawei para tentar sobreviver foram realmente curiosos!
Portanto, antes de existirem licenças para continuar a operar dentro da normalidade, a empresa optou por criar alguns produtos bizarros.
Ao fim ao cabo, numa primeira fase, a Huawei utilizou inventário de chips ARM da Qualcomm de forma a criar portáteis Windows sem ter de precisar de hardware Intel. O que muito provavelmente foi uma tentativa de criar uma alternativa, para o caso dos Estados Unidos não permitirem a relação da Huawei com a Intel, mas continuasse a permitir a venda do SO da Microsoft.
Posteriormente, a Huawei utilizou alguns chips x86 da Intel para criar portáteis baseados em SO Linux, obviamente para ficar a salvo, caso os Estados Unidos permitissem a relação com a Intel mas não com a Microsoft.
Aliás, a Huawei até desenvolveu um tablet com o seu próprio chip ARM e SO Android, naquilo que é basicamente um smartphone gigante… Para o caso dos Estados Unidos proibirem a venda de qualquer tipo de produto relacionado com o mundo dos PCs.
Tudo isto levanta uma questão… Porquê tentar manter vivo um dos mercados menos importantes para Huawei?
Ao fim ao cabo, se este departamento apenas dá origem a 1% de todas as receitas, porquê não arrumar a trouxa e desistir de tudo?
A resposta é simples… A Huawei não quer apenas smartphones, tablets, smartwatches ou PCs… A Huawei quer criar um ecossistema! E para isso precisa de ter um pouco de tudo dentro do seu Universo de produtos. Estamos a falar de uma visão a olhar para um futuro IoT.
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