Samsung arranca e Xiaomi pode caminhar para o desastre

A Xiaomi é uma das marcas chinesas mais conhecidas. Sobretudo com a queda da Huawei conseguiu conquistar uma grande presença em todos os mercados a nível mundial, mas com especial destaque para os emergentes. Por tudo isto é na prática o grande concorrente da gigante coreana Samsung. No entanto, a marca que chegou da China não é imune às condições globais. Enquanto a Samsung conseguiu estabilizar e arrancar a partir da pandemia global, a Xiaomi sofreu muito mais do que se esperava. É caso para dizer que a Samsung recupera e a Xiaomi pode enfrentar o desastre sobretudo ao que aconteceu num importante mercado.

Samsung arranca e Xiaomi pode caminhar para o desastre

Como refere o site Sammobile, o mercado global de smartphones está numa das suas piores quedas em décadas. A Samsung está a adaptar-se ao desafio e como tal fez alguns cortes da produção. Lembro que esta empresa ficou com cerca de 50 milhões de unidades por vender e acabou por reduzir a produção em milhões de unidades. Ou seja, foi uma boa jogada.

Samsung recupera Xiaomi

Já a Xiaomi foi atingida. De facto, esta desaceleração no mercado global de smartphones tem eliminado o crescimento da empresa chinesa. De acordo com os resultados mais recentes, o resultado líquido baixou 83% para apenas 204 milhões de dólares no trimestre que terminou em junho de 2022. A empresa também viu a sua receita diminuir 20%.

O negócio de smartphones da Samsung também registou uma queda moderada nos lucros no último trimestre. No entanto, as receitas aumentaram 31% em relação ao ano anterior. Isto destaca a forte procura sustentada de dispositivos Galaxy.

Samsung recupera Xiaomi

A Xiaomi tem tido dificuldades em acompanhar a concorrência. De acordo com os dados de mercado da IDC, os envios globais de dispositivos da Xiaomi caíram mais de um quarto no segundo trimestre de 2022. Este foi o declínio mais pesado registado pelos cinco principais fabricantes. As remessas de dispositivos da Xiaomi na China caíram 22% face à média do mercado de 14,7%.

Entretanto as coisas podem piorar para a Xiaomi antes de melhorarem. A Índia é um dos seus maiores mercados e há uma má notícia. É que o governo deste país pretende restringir a venda de dispositivos chineses que sejam mais baratos do que 150 dólares. Uma parte significativa das vendas para estas empresas provém deste segmento. Se isso acontecer, a série Galaxy M da Samsung está lá para ficar com esses clientes.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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