Samsung não pode abandonar os processadores Exynos!

Praticamente todos os utilizadores da Samsung, especialmente os que compram smartphones Galaxy, queixam-se de que não querem o chipset Exynos nos seus smartphones. Isto porque em alguns casos ficam atrás dos homólogos Snapdragon. No entanto a verdade é que a Samsung não pode mesmo abandonar os processadores Exynos porque isto iria prejudicar utilizadores e também o mercado em geral.

Samsung não pode abandonar os processadores Exynos!

Dizermos que o mundo precisa dos processadores Exynos pode ser demasiado. Mas a verdade é que esta frase não está longe da realidade.

O Exynos ajuda a tornar os telemóveis Samsung mais acessíveis

A Samsung é um dos maiores fabricantes de chips do mundo. Sem os Exynos, a indústria de semicondutores perderia um concorrente importante. Isso seria uma má notícia porque, como consumidor, quer que haja o máximo de concorrência possível, para que possa usufruir de preços mais baratos à medida que as empresas competem pelo seu dinheiro.

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Se a Samsung saísse do mercado, a Qualcomm teria mais influência sobre a gigante sul-coreana e poderia cobrar-lhe mais pelos seus processadores Snapdragon a colocar nos dispositivos Galaxy topo-de-gama. Isto aumentaria o custo de produção para a Samsung, que a empresa teria que transferir para o consumidor. Ou seja, acabaria por pagar mais quando fizesse a atualização para um novo telemóvel.

O Exynos força a Qualcomm a inovar

A concorrência também dá à Qualcomm um incentivo para inovar e fazer chips mais rápidos e eficientes. Alguns argumentam que a maior concorrência da Qualcomm não é o Exynos da Samsung, mas o Silicon da Apple. Como tal continuaria a inovar de qualquer maneira – mas isso não é verdade.

Embora seja um feito vencer a Apple Silicon não é a principal razão pela qual a Qualcomm faz tanta pesquisa e desenvolvimento. Em vez disso, fá-lo para continuar a ser a melhor alternativa no mundo Android.

Sem a Samsung, a Qualcomm não sentiria mais a urgência de inovar devido à falta de opções no mercado. Isto, mais uma vez, acabaria prejudicando os consumidores.

Os chips personalizados são mais otimizados

Se gosta de tecnologia, sabe que uma das razões pelas quais o iPhone funciona tão bem é devido à sinergia do seu hardware e software. Uma vez que o Apple Silicon é totalmente personalizado, a empresa tem um controlo infinito sobre ele e pode otimizá-lo para funcionar melhor com o iOS.

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Da mesma forma, o chip Tensor da Google, feito à medida (que, na verdade, é desenvolvido em conjunto com a Samsung), torna os telemóveis Pixel únicos. Permite-lhe obter excelentes fotografias computacionais, reconhecimento de imagem e de voz, tradução em direto e funcionalidades de software. Portanto, embora os chips Snapdragon sejam mais potentes, nenhum fã do Pixel abriria mão do Tensor por ele.

O Exynos pode ultrapassar o Snapdragon no futuro

A maioria das empresas de smartphones compra chips de terceiros em vez de fazer os seus próprios, devido aos custos e conhecimentos extensos necessários para criar instalações de pesquisa e fabrico. E é aqui que a Samsung tem uma clara vantagem.

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De facto, a Samsung é a única grande empresa Android do mundo que não só concebe os seus chips como também os fabrica na sua própria fundição. A Apple também concebe os seus próprios chips, mas o fabrico efetivo deve-se à TSMC.

Uma vez que a Samsung é sobretudo uma empresa de hardware, não é descabido supor que, dentro de alguns anos, poderá ser capaz de competir com os chips Snapdragon da Qualcomm, se não mesmo superá-los.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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