A Samsung e os seus dobráveis! É uma história super interessante e em constante evolução, que já teve os seus baixos (no inÃcio, com o recall), e agora parece estar a chegar a um ponto em que são mesmo só ‘altos’.
Afinal de contas, foi há algumas semanas que a Samsung lançou o Z Fold3 e o Z Flip3, dois aparelhos que podem mesmo vir a ajudar a gigante Sul Coreana no seu grande objetivo, que claro está, passa por ser a rainha dos dobráveis! Uma aposta continuada da marca, que já começa a ter os seus frutos.
Pois bem, hoje, vamos focar-nos no Z Fold 3. Um smartphone capaz de se transformar em tablet, que apesar de não ser o aparelho indicado para todos nós, devido a várias razões, é sem dúvida o melhor aparelho dobrável do mercado.
Vamos por partes.
(Mini-Review) Samsung Galaxy Z Fold 3: O melhor dobrável está ‘rijo’!
Especificações Técnicas:
- Ecrã: Dynamic AMOLED 2X, 120Hz, HDR10+, 1200 nits
- CPU: Qualcomm SM8350 Snapdragon 888
- RAM: 12GB
- Armazenamento: 256/512GB
- Câmeras: 12MP/12MP/12MP + 4MP Frontal debaixo do ecrã + 10MP Frontal no ecrã secundário
- Bateria: 4400mAh
Portanto, o Z Fold 3 foi feito para convencer os consumidores que à terceira é de vez, no que diz respeito à grande aposta da Samsung nesta subcategoria do mundo dos smartphones.
Aliás, toda a situação de lançamento faz transparecer a grande aposta da Samsung neste segmento de mercado, ao desistir do sempre muito popular Galaxy Note, para se focar a 100% no Z Fold e Z Flip.
Mas isto também tem um outro lado… Sem Note para ‘safar’ a Samsung, os novos dobráveis têm de ser obrigatoriamente muito bons. Será uma missão cumprida? No geral… Sim!
Performance
Aqui não existe qualquer tipo de dúvida que temos um aparelho do “caraças”! Temos 12GB de RAM LPDDR5, um SoC Qualcomm Snapdragon 888 em vez do Exynos 2100 utilizado no Galaxy S21, num pacote, que apesar de ter 2 ecrãs, é uma máquina espetacular para jogar, ver filmes/séries, e claro, trabalhar.
Uma máquina de multitasking poderosa, que para conseguir desempenhar a sua missão de uma forma quase perfeita, tem várias melhorias no campo do software. Especialmente se meter-mos o Z Fold 3 ou lado do Z Fold 2.Â
Aqui, nada a apontar à Samsung.
Durabilidade. Ainda é uma preocupação?
Na minha opinião, não.
O Z Fold 3 está muito mais robusto, especialmente em comparação ao primeiro Fold. Nunca senti que o mecanismo que nos apresenta o gigante ecrã dobrável de 7.6” perdesse força ao logo do tempo, algo que infelizmente senti acontecer durante a análise da primeira geração Galaxy Fold, em 2019.
Aliás, como prova da melhoria da qualidade de construção, desta vez já temos certificação IPX8! Ou seja, ainda temos alguma fragilidade ao pó, mas já temos proteção face à sempre perigosa água.
Muito resumidamente, achei um telemóvel super normal no aspeto da usabilidade, confiabilidade e durabilidade, sendo exatamente isso que queremos.
É um telemóvel tão mais forte que os seus antecessores, que o novo ecrã dobrável até já “aguenta” com a S-Pen! Um ‘big plus’, se o objetivo da Samsung é mesmo acabar com o Note e levar as suas capacidades para outros aparelhos dentro da gama de smartphones Galaxy.
É um topo de gama, mas as câmeras ficam um pouco aquém do esperado. Mas calma! Continua a ser uma máquina fotográfica de luxo.
Infelizmente, na parte fotográfica, o Z Fold 3 desilude, especialmente se o meter-mos lado a lado com o Note 20 Ultra do ano passado, ou o mais recente S21 Ultra de 2021. Ou seja, não é mau, mas também não é o que se espera de um topo-de-gama Samsung Galaxy em 2021.
Curiosamente, no campo da fotografia, temos aqui a primeira implementação de uma câmera escondida debaixo do ecrã OLED. Ora veja:
É uma implementação ‘decente’, que vai obviamente ajudar neste novo mundo do teletrabalho. No entanto, é infelizmente incapaz de servir para as sempre famosas selfies para as redes sociais, por deixar a foto demasiado baça e sem qualidade.
Afinal de contas, a implementação da Samsung é muito similar à da ZTE com o Axon, ou seja, naquele espaço, a resolução do ecrã é significativamente mais baixa para deixar entrar a luz para o sensor, de forma a conseguir capturar uma imagem, que por sua vez, leva com algum processamento de imagem em cima, para ser ‘usável’.
É interessante, mas ainda está longe de ser “a solução”. Especialmente porque afeta o consumo de multimédia, quando existe imagens a passar naquele espaço. Não é super notório, mas quando repara nos pixéis, já não os vais deixar de ver.
Contudo, a falta de qualidade de imagem não é o fim do mundo, porque continuamos a poder contar com uma câmera frontal ‘normal’, no ecrã secundário do aparelho.
Módulo traseiro de câmeras (Exemplos)
Em cima disse que o Z Fold 3 desiludia um pouco na captura de imagens, mas isto não significa que seja uma má máquina fotográfica. Porque essa não é de todo a verdade.
O Z Fold 3 é mais fraco comparativamente ao S21 Ultra, mas não deixa de ser muito competente nesta vertente, como pode ver em baixo.
Conclusão – O Z Fold 3 é para quem?
Muito sinceramente, não acho que o Z Fold 3 seja um telemóvel para o consumidor normal.
É um aparelho super interessante, e muito poderoso. Mas para usar no dia-a-dia? Quando está habituado a utilizar um aparelho com uma só mão? Não, não mesmo. Especialmente quando olhamos para o seu preço, que apesar de mais baixo relativamente ao modelo do ano passado, ainda nos faz tremer um pouco.
Mas dito tudo isto… Consegue imaginar-se no metro de Lisboa ou do Porto com um Z Fold 3 aberto em todo o seu esplendor, sem subir significativamente a chance de ser assaltado? Provavelmente não.
Em suma, é um aparelho para quem precisa de trabalhar ‘on the move’, ou quer jogar, ver séries e ver filmes, num ecrã maior, mas, por alguma razão, não quer um tablet ou um portátil. É também o aparelho indicado para os criadores de conteúdo, que querem elevar a sua criatividade a um outro nÃvel! Com a inclusão da S-Pen neste pacote (comprada em separado).
Se recomendo? Sim! Mas apenas se lhe der uma utilização diferente daquela que dá ao seu telemóvel normal. Porque este dobrável, é tudo menos um telemóvel normal.
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