(Review) Redmi Note 14 Pro+ 5G: A gama média do mundo dos smartphones está cada vez mais excitante, e de facto, até deverá mudar um pouco de paradigma ao longo deste ano de 2025.
Afinal de contas, caso ainda não tenha reparado, a Apple vai pela primeira vez em muito tempo lançar um iPhone digno desse nome capaz de não derreter carteiras, isto na forma do iPhone 16e (iPhone SE 4). Mas, enquanto esse smartphone não aparece, e não aparecem outros pesos pesados da gama média Android como é o exemplo do Google Pixel 9a, e Galaxy A57 5G, temos um smartphone que apareceu e “rebentou” tudo.
Estamos a falar do Redmi Note 14 Pro+ 5G da Xiaomi!
Um smartphone que à primeira vista parece de facto um topo de gama Android, porém, custa 499€ na sua versão de entrada. Para ter ideia daquilo que significa este preço, poderia comprar três Redmi Note 14 Pro+ 5G com o dinheiro que deixa em cima da prateleira pelo Galaxy S25 Ultra mais barato. Não é mesmo brincadeira nenhuma.
Acha que o novo topo de gama da Samsung oferece o triplo do valor deste Redmi? Claro que não. No fundo, este é um smartphone que lhe vai fazer questionar muita coisa, especialmente se é um fã da gama mais alta do mundo dos smartphones. Vamos por partes.
(Review) Redmi Note 14 Pro+ 5G: O rei da gama média!
Portanto, como apresentação, o Redmi Note 14 Pro+ 5G aparece na Europa para ocupar a vez do Redmi Note 13 Pro+, um smartphone que elogiámos bastante no ano passado. Mas, como é tradição, este Redmi não é uma grande novidade para os maiores entusiastas, porque já foi apresentado na China há alguns meses atrás.
Ainda assim, olhar para especificações é uma coisa, ter o dito cujo na mão é outra completamente diferente.
O que é isto? (Análise de 2 minutos)
De forma mesmo muito resumida, é um topo de gama ao preço de um gama média.
O aspeto, a qualidade dos materiais, e até as câmaras (que é onde as marcas mais cortam), tem tudo imensa qualidade.
Aliás, a Xiaomi até apostou em várias funcionalidades baseadas em IA nos Redmi mais caros desta nova gama, o que é realmente muito raro de ver no mercado. O IA a sério está quase sempre reservado para os smartphones mais caros e poderosos do mercado.
Mas, apesar de não termos aqui um SoC Snapdragon 8 Elite ou similar, a realidade é que o Redmi Note 14 Pro+ 5G é tudo menos um smartphone lento. Corre tudo sem quaisquer problemas, e sem suar (leia-se aquecer) muito.
Os únicos pontos negativos que tenho a apontar estão no facto de não termos carregamento sem fios, que é algo ainda muito típico da gama média, e claro, a Xiaomi também deixou de “oferecer” carregadores com os seus smartphones, o que é uma pena.
Especificações Técnicas
- Ecrã: CrystalRes de 1.5K AMOLED de 6,67 polegadas // 2712 x 1220 // 120 Hz // 3000 nits // Curvo
- Memória:
- 8GB + 256GB
- 12GB + 256GB
- 12GB + 512GB
- Processador: Snapdragon 7s Gen 3 (4nm)
- Bateria: 5110 mAh (120W) // Sem carregamento sem fios // Sem carregador na caixa
- Dimensões: 162,53 mm x 74,67 mm x 8,85 mm // 205g
- Câmaras:
- 200MP (OIS) f/1.65 // Lente 7P
- 8MP Ultrawide
- 2MP Macro
- Frontal: 20MP (1x e 0.8x)
- Extras: Impressão digital no ecrã, Colunas Stereo, NFC, Dual-Sim
Design
Sim, eu sei que já não se usam ecrãs curvos. Mas, eu continuo a gostar deles, e pelos vistos a Xiaomi também.
O Redmi Note 14 Pro+ 5G continua a contar com um ecrã OLED 1.5K curvo, naquilo que é um corpo que replica essa curvatura na sua traseira também ela muito bem pensada porque além de ergonómica, também evita as sempre chatas impressões digitais.
Também gosto muito do módulo traseiro, que durante muitos anos, foi a parte mais “feia” dos smartphones da Xiaomi. Felizmente, a gigante Chinesa está a encontrar a sua filosofia de design, e como tal, até na gama média já temos algumas surpresas visuais interessantes.
De forma muito resumida, é um smartphone com uma estrutura de alumínio e vidro Gorilla Glass Victus 2 na sua frente. São coisas de topo de gama!
Performance
Como dissemos em cima, não temos um SoC topo de gama. Mas… Não estamos muito longe disso! Sendo exatamente por isso que a Xiaomi disponibiliza um grande conjunto de funcionalidades IA locais e baseadas em computação na nuvem.
De forma mais concreta, temos um SoC Snapdragon 7s Gen3 disponível com 8GB ou 12GB de memória RAM LPDDR4X. No lado do armazenamento vamos dos 128GB aos 512GB.
É um smartphone que em testes benchmark como é o caso do Geekbench anda acima dos 1100 pontos para single-core, e ultrapassa os 3150 pontos para multi-core. O que obviamente não aquece nem arrefere um iPhone 16 Pro ou Galaxy S25 Ultra. Mas… Há quanto tempo não tem problemas de desempenho com um smartphone moderno.
É que a questão é mesmo essa. Este smartphone é capaz de correr qualquer jogo, qualquer aplicação, e por isso mesmo, para o mais comum dos utilizadores, vai sentir-se como um topo de gama a sério.
Câmaras
É aqui que as marcas mais “cortam” para poupar alguns trocos nas suas gamas médias e baixa. De facto, a Xiaomi sempre foi uma destas marcas, ao utilizar sensores com “grandes” números, mas um desempenho fraco. Felizmente isto não acontece aqui!
Até fiz um comparativo com o iPhone 16 Pro Max, e os resultados foram realmente muito interessantes para o lado do gama média da Xiaomi.
Mas, como uma imagem vale sempre mais que mil palavras, nada melhor que analisar algumas das capturas que fiz.
Bateria
Como dissemos em cima, o carregador ficou na gaveta, e talvez mais grave que isso, continuamos a não ter acesso a carregamento sem fios nesta gama de preços.
Ainda assim, a bateria melhorou um pouco (5110 mAh vs 5000 mAh), o que em conjunto com hardware mais eficiente, significa que temos um smartphone com mais autonomia.
Aliás, a Xiaomi também promete mais resiliência contra temperaturas muito altas ou muito baixas, o que deverá assegurar níveis de performance, e claro, durabilidade do smartphone.
Conclusão
Não há como fugir à frase. É um topo de gama mascarado de gama média.
99.9% dos consumidores podem comprar este smartphone, porque vão ficar de facto muito bem servidos. Não é perfeito como nenhum smartphone é. Mas, para os 499€ do lançamento, e para os 300~350€ que vamos ver nas lojas dentro de alguns meses, é um “no brainer”.