Em 2020 já tive a oportunidade de testar 2 telemóveis com o nome ‘Lite’, por isso, posso dizer com toda a certeza que este Oppo vai muito além do significado desta palavra. Ao fim ao cabo, o Oppo Find X2 Lite de “Lite” tem muito pouco… Sendo uma lufada de ar fresco para os meus olhos, depois de tanta gama média e baixa que passou por estas mãos.
A sua construção e capacidades em nada podem ser consideradas de gama média ou média/baixa. Afinal de contas, poderá até não reconhecer esta marca “Chinesa”, mas caso não saiba, é uma das maiores fabricantes de smartphones do planeta.
Aliás, a Oppo é nada mais nada menos que a empresa mãe da OnePlus e seus “Flagship Killers”.
Construção e qualidade
Antes de mais nada, existem alguns pontos iniciais importantes que caracterizam se um equipamento é de qualidade ou não. Estou a falar de pontos como a espessura, peso, materiais utilizados e claro, os acabamentos finais.
Em boa verdade, estes pontos são os principais responsáveis pelas primeiras impressões, aqueles primeiros toques que acabam por contar logo uma boa parte da história. Dito isto, assim que peguei no Oppo Find X2 Lite, fiquei imediatamente bastante satisfeito.
A combinação da sua curvatura traseira acentuada, boa localização dos botões e leveza tornam este equipamento um mimo para a utilização diária.
Nota do Redator – Este equipamento tem um acabamento extremamente ‘liso’, que agrada imenso ao toque, mas tem a tendência assustadora de querer escorregar para o chão. Contudo, a capa incluída na caixa do equipamento resolve este “problema” e ainda mantém a beleza do equipamento.
Bateria e Carregamento
Ao contrário de outras análises, neste equipamento decidi à priori que antes de verificar a capacidade física da bateria iria primeiro simplesmente utilizá-lo sem stresses.
Desta forma, acabei por descobrir que a autonomia está a par com os melhores equipamentos atuais do mercado e não é por menos. Afinal de contas, a sua bateria de 4025mAh conseguiu rondar as 6~7 horas de ecrã antes de necessitar de voltar ao carregador. E meus amigos, se há gajo neste planeta com uma utilização rigorosa, sou eu.
Falando em carregadores… A OPPO é a rainha do carregamento rápido!
A OPPO foi quase a “mãe” da criação dos carregamentos super rápidos, desde a criação do seu famoso VOOC Charger. Assim sendo, agora na sua versão VOOC Flash Charge 4.0 este equipamento carrega 50% em apenas… 20 Minutos!!!!!!
Isto é algo capaz de mudar completamente a utilização do seu smartphone. No meu caso, utilizei o equipamento sempre sem qualquer preocupação até aos 10% de bateria. Assim, quando tinha de sair de casa, enquanto arranjava o cabelo, penteava a barba e lavava os dentes, facilmente conseguia chegar aos 60% ou mais de bateria, para sair sem qualquer tipo de preocupação.
Em suma, sem dúvida alguma, o carregamento do aparelho é uma despreocupação total com este carregador. Contudo, se gosta de carregamento wireless saiba que este foi deixado na gaveta.
Câmeras
As câmeras escolhidas pela fabricante para este modelo são sem sombra de duvida acima da média, e por isso, muito superiores a qualquer outro modelo “Lite” que utilizei até hoje. No entanto, apesar da qualidade das imagens capturadas ser decente, não espere uma performance digna de um topo de gama como é o Mate 30 Pro, S20 Ultra ou iPhone 11 Pro.
Dito tudo isto, primeiramente vai olhar para o módulo apetrechado com 4 câmeras, constituído por um sensor principal de 48MP f/1.7, e os secundários sensores de 8MP (grande angular), monocromático de 2MP e ainda uma última lente de 2MP utilizada para o cálculo da profundidade.
Estes sensores conseguiram em algumas ocasiões surpreender-me pela positiva, mas também pela negativa.
Ao fim ao cabo, a utilização do HDR neste equipamento é feita de forma estranha. Quando o equipamento foca no objeto principal o fundo fica totalmente branco e quando tira a foto o fundo volta a ganhar cor. Brutal certo?!
Sim e não… É que consigo ver uma espécie de recorte feito pelo Software à fotografia. Da forma mais simples de explicar, parecem duas fotografias em que uma foi recortada e colada na imagem final, o que infelizmente retira a naturalidade da foto.
Veja algumas das fotografias tiradas por este equipamento.
Comparado contra o “velho” Samsung Galaxy S8+ que tenho cá por casa, posso dizer que em exposição o velho Samsung bateu forte e feio este OPPO. Não necessitando de utilizar o HDR na grande maioria das fotos, conseguindo-o aplicar de forma natural quando foi realmente necessário.
Ecrã e Som
Este equipamento conta com um ecrã AMOLED de 6.4″ e uma resolução máxima FHD+ 2400 x 1800. A nível de brilho consegue chegar aos 430nits, conseguindo garantir cores e contraste incríveis que são inegavelmente capazes de impressionar.
Entretanto, a sua resolução FHD+ oferece 408 PPI, o que garante uma enorme qualidade em tudo o tipo de conteúdo. Neste campo apenas tive dificuldades na utilização exterior, ou seja, debaixo de luz intensa solar.
Ao nível do design, temos um rácio corpo/ecrã de 90.8% com a utilização da notch estilo gota de água para a câmera frontal. As suas bordas e margens finas agradam ao olhar, mas a transição do ecrã para as laterais poderia ser mais suave, especialmente nas esquinas do equipamento.
Um pormenor importante é que o sensor de impressão digital está debaixo do ecrã e tenho a dizer que é o melhor e mais rápido sensor deste género que alguma fez utilizei, pena é a localização ser um pouco abaixo do esperado.
Vamos ao áudio
A nível de ouvir o seu filme, vídeo ou música, este equipamento tem volume e qualidade suficiente para a grande maioria das situações. Apesar de não contar com audio stereo a coluna principal tem imenso volume, com muita claridade de voz e bass.
Assim, apesar de contar com apenas uma coluna, conseguiu surpreender-me pela qualidade e volume.
Contudo, no campo das chamadas de voz, a sua coluna superior é boa mas apenas até aos 80-90%. Acima disso é possível notar alguma distorção.
Experiência no geral
Na minha experiência este smartphone tem potência, especificações e capacidades suficientes para impressionar a grande maioria dos entusiastas.
Afinal de contas, temos suporte às novas redes 5G graças ao SoC Snapdragon 765G, que vem acompanhado por 8GB de RAM LPDDR4X, 128GB de Armazenamento UFS 2.1, NFC, boas câmeras, bom ecrã e uma boa bateria. Basicamente, em nada estas são especificações que caracterizam o mundo dos smartphone “Lite”.
No entanto, apesar de ter tudo para bater de frente contra as atuais ofertas do mercado. O seu preço poderá ser uma grande desvantagem, especialmente nesta altura do campeonato pós COVID (~500€).
Contudo nem tudo é um mar de rosas…
Existem pormenores que pensei sinceramente conseguir habituar-me com o passar do tempo. Mas não, e por isso, temos de falar do software que dá vida ao hardware.
Afinal de contas, senti alguma falta de atenção no sistema operativo que está em cima do Android da Google, com a existência de alguns bugs irritantes. Algo dado como garantido como responder a uma mensagem pela barra de notificações não foi possível neste equipamento.
Os diferentes Modos de Som não estão todos disponíveis na barra superior, visto que só consegue colocar no modo Som ‘normal’ e modo Vibração. Ou seja, para colocar em silêncio sem vibração terá que recorrer às definições do equipamento, o que não é de todo o que se pretende.
Conclusão
A nível de Hardware o OPPO Find X2 Lite consegue ser uma excelente aposta. Tem tudo ou quase tudo aquilo que queremos num smartphone, trazendo ainda para cima da mesa o extra ‘5G’, que ainda é um pouco inútil para o nosso mercado, mas que garante algum tipo de ‘Future Proof’ se por ventura está a pensar ficar com este aparelho mais que 2 anos.
No entanto, terá que se habituar ao Software que o acompanha, algo que para mim necessita de uns tweaks valentes.
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