Consegue imaginar um jogo FPS moderno, em ambientes estranhos cheios de magia, com inimigos variados, com bocados de um bom RPG à mistura, e claro, gráficos dignos das consolas de nova geração? Bem… Immortals of Aveum é um jogo de tiro mágico em primeira Single-Player que conta a história de Jak!
Quem é Jak? É um herói improvável que do nada se apercebe que tem um potencial mágica completamente fora de série, e por isso, se junta a uma ordem de elite de magos de batalha para salvar um mundo à beira do abismo. Bem, não foi só por isso, mas já dá para ter uma ideia.
Basicamente… A mesma história de sempre não é verdade?
(Review) Immortals of Aveum: Um FPS Mágico!
Portanto, temos aqui um projeto sólido, capaz de conjugar jogabilidade, a gráficos interessantes e até a história bem conseguia. Porém, apesar de ambientes bem conseguidos e personagens detalhadas, existem alguns problemas de performance que têm de ser mencionados, porque afetam mesmo a fluidez e por isso a capacidade que o jogador tem de tomar decisões.
Afinal, quando está apenas a “passear” no mapa, está tudo a correr bem, e o jogo apresenta uma boa performance. Mas, assim que começam a aparecer inimigos no ecrã, a coisa descamba, e fica complicado tomar decisões rápidas e assertivas quando estamos a jogar powerpoint em vez de um jogo reservado para as consolas de nova geração.
Mas, ainda assim, sendo um lançamento muito recente, acredito que a EA vai lançar atualizações que vão corrigir muitos dos problemas de performance que o jogo está neste momento a trazer para cima da mesa. Por isso, vamos falar do que realmente importa. É ou não é um jogo interessante?
História
Pois bem, a história é realmente importante no jogo, porque como jogador, você precisa de saber, e perceber, o porquê de Jak ter apostado tanto na sua carreira como “Battlemage”.
Sim, é verdade que o “mago” tem um potencial mágico incrível, sendo um dos únicos no planeta a ser capaz de manipular todas as cores de magia, cada uma com habilidades únicas. Mas o seu potencial nem fica por aqui, porque como vai perceber logo no início do jogo, Jak tem um nível de poder absolutamente incrível, especialmente quando perde o controlo.
Em suma, quando a sua personagem entre em “Rage Mode”, também entra num nível de poder incrível, capaz de até meter Harry Potter e Voldemort em sentido.
Entretanto, é em Aveum que tudo acontece, um planeta que apenas e só conheceu conflitos, porquê? Domínio da magia, claro! Uma guerra conhecida como Everwar, que agora subiu de nível, devido à ameaça de um fim do mundo.
Em suma, este jogo acontece porque estamos à procura de um futuro melhor.
Jogabilidade
Consegue imaginar um FPS em que em vez de armas, consiste em andar a atirar feitiços para todo o lado? Aveum é isto mesmo!
Dito isto, acha que temos pouca escolha nos feitiços a utilizar? Esqueça! As opções são mais que muitas, e vai mesmo ter de treinar os dedos para utilizar todas as alternativas de forma eficiente.
É um desafio que muito provavelmente vai irritar alguns dos jogadores mais casuais, mas quando dominado, significa que passou a ter uma força mágica sem precedentes.
Para ter ideia, temos mais de 25 feitiços e 80 talentos disponíveis para crescer dentro do jogo. Além disso, temos também a possibilidade de apanhar material em baús escondidos ou em bosses, para se tornar ainda mais poderoso.
Além de tudo isto, apesar de ser uma aventura bastante linear, a realidade é que o jogo também lhe permite explorar um pouco o mapa, ao mesmo tempo que oferece desafios adicionais, como são os míticos puzzles para entrar em algumas áreas escondidas, onde claro, vai encontrar algumas recompensas pelo seu tempo perdido.
Curiosamente, algo que o jogo faz muito bem, é a iniciação do jogador a tudo o que vai acontecer a seguir. Ou seja, vai receber logo vários feitiços e poderes especiais, para começar logo a desbravar caminho.
Porém, como disse em cima, os problemas de performance acabam por afetar a jogabilidade de Aveum.
É sem dúvida muito giro combinar poderes e destruir dezenas de inimigos de uma só vez, mas se temos um pequeno break a meio do combo, e levamos com um dos inimigos mais poderosos em cima, pode desde logo dizer adeus a mais de metade da sua vida. O que é só irritante.
Além disso, existe uma outra grande queixa que parece ligeira, mas me irrita até mais não! Estou a falar do facto do botão de interação com objetos ser o mesmo de recarregamento de poderes especiais. Um botão que nem sempre aparece, ou se ativa quando deveria. Perdi a conta às vezes que tentei abrir um baú, e utilizei uma runa de carregamento.
Gráficos
Este é um dos primeiros jogos exclusivos das consolas de nova geração e PC, tendo como base o incrível Motor de Jogo Unreal Engine 5. Porém, apesar de muita qualidade gráfica nos cenários, é inegável que o fator “WOW” não se encontra presente neste jogo.
No caso da PlayStation 5, parece que existe uma utilização demasiado agressiva da resolução dinâmica, o que acaba por estragar os visuais em situações gráficas mais exigentes. Isto é notório na troca de armas mágicas, cabelo das personagens, e em lutas com muitos inimigos no ecrã.
Como disse em cima, está a faltar fluidez para que todo o sistema funcione.
Conclusão
Em suma, Immortals of Aveum é um jogo muito interessante, capaz de misturar qualidade na história, a um ambiente um pouco diferente do habitual. Como é óbvio, andar a disparar magia em vez de balas tem a sua piada.
Mas, existem problemas graves a corrigir, nomeadamente na falta de fluidez de movimento e de combate, o que muito se deve a falhas de performance, algo que não se deveria admitir numa consola de nova geração.
Ainda assim, é um jogo capaz de oferecer entre 15 e 20 horas de jogabilidade, e muita história para absorver. Por isso, se quer experimentar algo diferente, e curioso, tem aqui uma excelente alternativa. Mas talvez seja boa ideia esperar pelo lançamento de atualizações, e claro, uma baixa de preço.
