Já se anda a falar de carros elétricos há muitos e longos anos, naquilo que muitos mencionam ser uma revolução elétrica, onde, claro, o carro elétrico substituiu quase por completo o carro a combustão.
No entanto, caso não tenha percebido, a realidade é que as fabricantes, muitas delas após uma gigantesca aposta neste “novo mundo”, parecem estar cada vez mais interessadas em manter o motor combustão vivo durante mais alguns anos, em vez de ir atrás das regras e regulamentações das entidades reguladoras.
Aliás, algumas destas fabricantes até prefere apostar em outras motorizações alternativas, em vez de apostar tudo na eletrificação. Um bom exemplo disto é a Toyota.
Sabe porquê? Na realidade é muito simples.
As vendas de carros elétricos deveriam estar muito mais altas face a tudo aquilo que a verdade nos apresenta. Por isso, de forma a manter a indústria viva, e as pessoas empregadas, é necessário mudar como tudo funciona, ou talvez mais importante que isso, como vai funcionar.
Mas, enquanto o adiamento do adeus ao motor a combustão pode mesmo vir a acontecer, a realidade é que nós, na Leak.pt, estamos a olhar para o novo Renault 5 como uma verdadeira pedrada no charco que é o mundo automóvel.
Renault 5 pode ser o início da verdadeira revolução elétrica?
Portanto, a passagem para a revolução elétrica tem vários pontos importantes a considerar.
É preciso infraestrutura de carregamento um pouco por todo o lado, é preciso que os condutores mudem a forma como planeiam as suas viagem, especialmente as mais longas, e claro, 99% das vezes, de forma a manter uma vantagem competitivo no custo de ownership (custo de ter um carro ao longo de todo o seu ciclo de vida) é preciso que o condutor tenha a capacidade de carregar o seu carro fora dos pontos de carregamento públicos, tem de carregar na grande maioria das vezes em casa ou no trabalho.
Além disso, é preciso que existam veículos elétricos competentes, bonitos, com bons níveis de performance, a um preço competitivo. Algo que, até aqui, não tem acontecido. Sim, existem carros elétricos baratos e interessantes, como é o caso do Dacia Spring e também do Citroën e-C3, e também existem carros elétricos pertencentes a gamas mais altas, com muita qualidade para oferecer, como pode ser o exemplo do Audi Q8.
Porém, ainda não existia um carro capaz de ficar no meio de tudo isto.
Um carro capaz de oferecer design, qualidade de construção, performance, bateria, e claro, um preço mais em conta para tudo e para todos. Na minha ótica, o Renault R5 pode ser exatamente isso… A peça que faltava ao mercado.
O que tem de especial?
No artigo de lançamento, e agora no artigo do ensaio internacional do R5, deixei sempre a mensagem de que a Renault, por muitos defeitos que tenha ou não tenha, está a fazer algo muito bem nas suas mais recentes apostas.
Está a ir ao passado, e a trazer magia para o presente e para o futuro.
O Renault 5 é um automóvel que serve de exemplo para esta estratégia, ao ser baseado num carro antigo, mas icónico, que agora volta a mostrar as suas cartas no presente, e também se prepara para mudar o futuro do mundo automóvel.
Consegue imaginar andar ao lado de Ferraris e Porsches, como nós andámos no Mónaco, e as pessoas aplaudirem um simples Renault que começa nos 25 mil euros, e muito dificilmente toca nos 40 mil euros, mesmo que opte por todos os equipamentos e mais alguns que a marca tem para oferecer?
É mesmo uma mudança de paradigma como dissemos no artigo do ensaio. É um carro que, apesar do seu aspeto brincalhão, não se sente como um brinquedo.
300 quilómetros a 25 mil euros, 400 quilómetros a partir dos 30 mil!
O Renault 5 não é obviamente um carro gigantesco, e claro, também não é, de todo, pensado para a performance pura e dura, sendo exatamente por isso que a motorização mais poderosa fica pelos 150cv, o que também se reflete na sua velocidade máxima. (Porém, não se deixe enganar, o seu binário próprio de um elétrico faz com que se sinta muito irreverente e apontadinho.
Em suma, é um veículo do segmento B, pensado para percursos citadinos, e não para fazer autoestrada todos os dias.
Ainda assim, ao oferecer 300 quilómetros de autonomia na sua versão de 25 mil euros, e com a capacidade de chegar aos 400 quilómetros na sua versão imediatamente a seguir.
Este vai muito provavelmente ser o primeiro carro elétrico a entrar na lista de considerações de jovens, jovens adultos, condutores mais velhos, etc… É um carro que vai saltar à vista de todos, e como tal, vai normalizar o mundo elétrico!
Isto porque, além da autonomia e do preço, é um carro que não faz grandes compromissos no seu interior!
Temos montes de ajudas à condução. Também temos um sistema operativo baseado no Google Automotive que até conta com inteligência artificial, e claro, talvez mais importante que tudo isto, é um carro que se sente como algo a “sério” no seu interior. Pode tocar em tudo, e sentir qualidade, em vez de plásticos baratos que vão começar a descolar ou a ranger passados 2 ou 3 anos ao sol.
Em suma, acredito que a forma como se olha para o carro elétrico na gama “média” vai finalmente começar a mudar, e o Renault R5 pode muito bem ser um dos responsáveis por essa nova realidade.
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Acha que a Renault fez um bom trabalho? O que mudava na estratégia da gigante Francesa? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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