Se receber um smartphone novo não adormeça com ele!

Muitas pessoas utilizam o smartphone até ao momento em que adormecem. Isto significa que este dispositivo ou fica na cama ou está nas proximidades, em alguns casos, a carregar. Isto acontece até muitas vezes no Natal. No entanto se receber um smartphone novo não adormeça com ele.

Se receber um smartphone novo não adormeça com ele!

Os investigadores concordam que utilizar um smartphone antes de dormir pode causar um sono de má qualidade. E quando finalmente adormecemos? Há algum risco para a saúde associado a dormir perto de um mini computador todas as noites?

dormir smartphone

Primeiro, vamos falar sobre os efeitos de ter um smartphone por perto durante o sono. Antes de adormecermos o telemóvel pode despertar-nos. É que o ecrã brilhante mexe com o nosso ciclo de sono e impede o nosso cérebro de “desligar-se”.

Ter o smartphone por perto enquanto dormimos pode ser mau pelas mesmas razões. A maioria das pessoas acorda algumas vezes durante a noite. Assim pode ser tentador agarrar o smartphone naqueles momentos em que estamos a lutar para adormecer.

Uma explosão de luz brilhante nos olhos quando está tudo escuro pode dificultar a tarefa de voltar a adormecer. Tudo porque estamos a sinalizar ao nosso cérebro e corpo que o tempo de sono acabou, e isso é exatamente o oposto do que queremos. Se o smartphone estiver longe é mais fácil resistir a esta tentação.

Existem outros riscos de saúde?

E os riscos para a saúde de dormir ao lado do smartphone? Há muito tempo que as pessoas se preocupam com a radiação. Há alguma verdade nessas preocupações?

Os smartphones são capazes de comunicar transmitindo ondas de rádio através de uma rede de antenas. Estas ondas de rádio – também chamadas de ondas de radiofrequência – são campos eletromagnéticos. Ao contrário da radiação que provavelmente conhece – como dos raios-X – os campos eletromagnéticos não podem quebrar ligações químicas nem causar ionização no corpo.

Em 2014, a Agência Internacional para a Investigação do Cancro (IARC) classificou os campos eletromagnéticos dos smartphones como “possivelmente cancerígenos para os seres humanos”. No entanto, a organização não encontrou nenhum risco acrescido de cancros da cabeça ou pescoço com o uso de smartphones ao longo de 10 anos. Outros estudos têm tido resultados semelhantes.

Os resultados de um estudo mais recente foram publicados em 2018 pelo Programa Nacional de Toxicologia dos EUA (NTP). Dito isto, encontraram um risco aumentado de tumores cardíacos incomuns em ratos machos, mas não em ratos fêmeas. O estudo da NTP também relatou possíveis riscos acrescidos de certos tipos de tumores no cérebro e nas glândulas suprarrenais.

No entanto, uma revisão deste estudo determinou que não era possível tirar conclusões sobre a capacidade da energia de radiofrequência poder causar cancro.

Ou seja parece que não há grandes riscos de cancro. Assim resta um. A possibilidade de o smartphone se poder incendiar devido à bateria e se isso acontecer é muito mais perigoso se o equipamento estiver na cama conosco.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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