Se for uma pessoa consciente e responsável, é provável que passe a sua vida a fazer backups dos dados presentes no seu PC, Portátil, e até smartphone! E ainda bem que o faz, visto que a informação tem cada vez mais importância para a nossa vida pessoal e claro, para os nossos negócios.
Dito isto, no passado, as grandes empresas tinham gigantescos bancos de dados formados por vários discos magnéticos, ou seja, os velhos Discos Rígidos HDD. Algo ainda utilizado no mercado hoje em dia, mas que é inegavelmente mais lento em comparação com outras soluções mais modernas que têm como base a memória NAND Flash, estamos obviamente a falar dos SSDs.
No entanto, tanto a solução mais antiga e mais barata (HDD) como a mais recente e mais cara (SSD), têm problemas como qualquer outra tecnologia do nosso mundo moderno. Afinal de contas, a performance destes dispositivos pode mudar bastante ao longo do tempo, chegando mesmo a um ponto em que ‘morrem’ sem motivo aparente.
Quanto tempo dura o armazenamento atual?
Pois bem, esquecendo o problema monetário que é perder um HDD ou um SSD, muitas vezes é muito pior perder os dados que estão lá dentro. Visto que com a degradação da performance, temos vários fenómenos como o crash do sistema operativo, corrupção do sistema de ficheiros, etc…
Tudo coisas que podem ser solucionadas com o uso de uma aplicação de recuperação de dados. No entanto, a recuperação pode não ser 100% eficaz devido ao Bit Rot.
O que é o Bit Rot?
Muito resumidamente, o Bit Rot é um fenómeno que provoca o desaparecimento dos dados de uma drive ao longo do tempo. Existem várias razões para isto acontecer, como algum tipo de avaria, falta de uso da drive, ou até partículas de pó que conseguiram entrar na drive mecânica.
No entanto, aqui temos também de ter em conta que este fenómeno não acontece por acaso! É preciso ter em conta o ambiente em que a drive se encontra, o tipo de drive (SSD ou HDD), a qualidade de construção do fabricante, etc… O que nos leva a um outro assunto. Qual é a esperança média de vida de um HDD ou SSD?
Como é que um Disco Rígido (HDD) ‘morre’?
Como deve saber, os HDD usam discos magnéticos para armazenar todo o tipo de dados. Consistindo num sistema mecânico com partes móveis, muito similar a um gira discos. Visto que vamos ter uma cabeça que irá ser responsável por ler e escrever os dados no ‘prato’.
Assim, toda a informação é armazenada e interpretada como 0’s e 1’s, ou seja, bits. No entanto, com o uso ou falta dele, pode acontecer o fenómeno ‘Flipping’, que basicamente significa que a drive perdeu a sua capacidade magnética de armazenar os tais bits que mencionámos em cima. Se o Flipping for muito grave, vamos ter ‘Bit Rot’ como dissemos em cima.
Contudo, é preciso ter em conta que um disco rígido (HDD) é perfeitamente capaz de guardar informação durante anos, muitos anos mesmo, tudo dependendo da sua qualidade de construção (responsabilidade da fabricante), uso do utilizador, e ambiente em que está. Curiosamente, se por acaso tem uma NAS, ou um sistema de backup muito grande, é possível evitar o Bit Rot desde que use a drive pelo menos 1x por ano.
Atenção! Ao contrário da grande maioria dos SSDs, os Discos Rígidos (HDD) começam a apresentar falhas antes de avariarem por completo, como o crash, corrupção de ficheiros, ou barulhos estranhos mas bastante audíveis dentro da caixa da drive. Contudo, é possível recuperar os dados de uma drive ‘morta’.
Como é que um SSD ‘morre’?
Os SSDs são uma tecnologia muito mais recente em comparação aos discos rígidos. Afinal, como deve saber, estas drives são baseadas em memória NAND Flash, tal e qual como uma pen drive. Ou seja, não utilizam qualquer sistema mecânico com peças móveis.
Assim, um SSD armazena dados em camada isoladas na forma de cargas. No entanto, se estas camadas se desgastarem com o tempo, os dados armazenados podem simplesmente desaparecer.
Aliás, atualmente, quando um chip de memória ‘morre’, todo o SSD deixa de funcionar! Uma grande desvantagem em relação aos tradicionais discos rígidos, que são capazes de identificar ‘Bad Sectors’ no disco. Contudo, a Samsung está a trabalhar numa nova tecnologia que irá permitir aos seus SSDs continuar a funcionar, ao identificar chips defeituosos, passando toda a informação para os chips saudáveis. Assim, a drive irá continuar a funcionar até que todos os chips deixem de funcionar, o que claro está irá resultar numa drive com menos memória que o original, mas que ainda assim é melhor do que ficar sem nada.
Além disto, um ciclo de vida de um SSD está imediatamente limitado de fábrica na forma de ciclos de escrita/leitura. Um número que depende da fabricante, chips de memória utilizados, etc… Pode saber mais sobre isto aqui:
Dito tudo isto, um SSD pode durar vários anos, desde que esteja num ambiente ideal, e a sua utilização seja a mais indicada. (Deverá ser utilizado pelo menos 1x de 3 em 3 meses)
Conclusão
Não existem maneiras de armazenar informação infalíveis. Nem é possível dizer que um SSD ou HDD irão durar 5, 10 ou 15 anos. Afinal de contas, tanto um SSD como um HDD podem morrer a qualquer momento. Por isso, é sempre boa ideia estar atento aos sinais que ambas as tecnologias oferecem ao utilizar. Como ‘crashes’, ficheiros corrompidos, barulhos estranhos, ou simplesmente performance abaixo do esperado.
Aconselho sempre algum tipo de monitorização, visto que a grande maioria das drives modernas já vêm equipados com a funcionalidade SMART (Self-Monitoring, Analysis, and Reporting Technology) para ter a saúde do disco sempre debaixo de olho.
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