Qual é a diferença entre a memória GDDR6 e HBM2?

Há alguns anos, tivemos muito boa gente a dizer que a AMD iria conseguir voltar à gama mais alta do mercado de placas gráficas, tudo graças ao uso da memória HBM2 em vez da ‘velhinha’ GDDR. No entanto, devido ao preço do desenvolvimento e produção deste tipo de memória, a AMD Radeon voltou atrás, apostando na memória GDDR6 tal e qual como a NVIDIA.



Dito tudo isto, qual é a diferença entre a memória HBM2 e GDDR6?

gddr6, hbm2

Portanto, a memória GDDR6 (Graphics Dynamic Random Access Memory), é a última iteração da memória mais utilizada no mundo das placas gráficas. Sendo tipicamente baseada em chips de memória de 32-bits, como a GDDR5, sendo ao mesmo tempo dividida em dois segmentos lógicos de 16-bit. Assim, como na memória GDDR5 e outros topos de memória, vários chips são montados lado a lado num bus de 256-bit ou mais, de forma a alimentar o chip gráfico.

Por exemplo, a NVIDIA usa 12 chips de memória num bus de 384-bit. Assim, como cada chip consegue chegar aos 16~18 Gb/s, temos qualquer coisa como uma largura de banda na ordem dos 768~864 Gb/s.

Entretanto, no lado da memória HBM2 (High Bandwidth Memory) as coisas são um pouco diferentes!

Caso não saiba, a memória HBM2 é apenas capaz de 1 Gb/s por pin… O curioso é que tem um monte de pinos de transferência de dados! Cerca de 1024 pinos por chip! O que é obviamente demasiado para um PC, por isso, é necessário utilizar um circuito desenhado para controlar a coisa, um ‘Interposer’ (como pode ver na imagem em cima).

No caso do GPU AMD Vega, que utiliza dois stacks HBM (cada um num bus de 1024-bits), com cada um deles a ser capaz de chegar aos 256 Gb/s, ou seja, temos cerca de 512GB/s de largura de banda. No caso da mais recente memória HBMe2, este valor já aumenta para os 460Gb/s por stack, o que no caso deste mesmo GPU iria dar 920 Gb/s.

Então, qual é a grande vantagem da memória HBM?

Como o consumo de energia aumenta consideravelmente com o aumento da frequência, o sistema utilizado pela memória HBM permite altas taxas de transferência utilizando significativamente menos energia em relação à memória GDDR, por não ser necessário chegar a frequências super altas para chegar ao mesmo nível de performance.

Algo espetacular agora que as placas gráficas são cada vez mais essenciais nos super-computadores e centros de dados. Isto já para não falar da libertação de alguma energia que pode ser aproveitada pelo GPU.

Muito basicamente, a memória HBM utiliza a mesma estratégia de vários módulos para atingir altos níveis de performance, que tanto sucesso tem feito no mundo dos processadores da AMD. Ou seja, teoricamente em vez de duas stacks é possível ter 4, 8, 12, 16, as que forem necessárias. No entanto, a produção e implementação desta tecnologia ainda é extremamente cara e complexa, por isso, por enquanto… A AMD voltou à memória GDDR.


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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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