Com o lançamento do PSVR2, penso que o mundo da realidade virtual deu um salto muito importante para se tornar tão mainstream como outras tecnologias atuais.
Como seria então de esperar também, tem de existir uma adaptação por parte dos developers que escolhem o VR como a sua plataforma de eleição para criar jogos.
Acho assim importante distinguir um jogo VR de uma experiência VR.
Uma experiência VR é isso mesmo, apenas uma experiência, algo curto e que serve para dar momentos intensos de forma a mostrar aquilo que o hardware é capaz.
Nos primordios desta tecnologia, mesmo que um “jogo” VR tivesse apenas meia hora de duração, era algo tão inovador que a maioria dos jogadores não se importava.
Agora que já é algo mais “habitual”, as expectativas dos jogadores também é mais alta, esperando jogos que consigam pelo menos atingir perto daquilo que um jogo “normal” tem para oferecer mas em realidade virtual, fazendo com que estas experiências já não pareçam um pouco antiquadas.
Toda esta introdução serviu para explicar o porquê de classificar Afterlife VR como uma experiência e não um jogo, visto que é possível completar o mesmo em pouco mais de uma hora.
Agora, isso não quer dizer automaticamente que é um mau jogo, simplesmente está mais dependente da qualidade dessa hora, assim como do preço. Vamos então descobrir de que se trata Afterlife VR nesta análise.
Afterlife VR (Análise PlayStation 5 – PSVR 2)
História e Gameplay
A história começa quando a nossa personagem, um agente da autoridade chamado Adam Bernhard, é chamado a uma possível situação de reféns num hospital onde, talvez por coincidência, a sua irmã está internada. Quando chegamos, rapidamente nos apercebemos que algo não está bem e que existem forças malignas presentes neste hospital do inferno.
A nossa missão é simples, descobrir o que realmente se passa e tentar salvar a nossa irmã.
Para conseguirmos cumprir esta missão temos ao nosso dispor uma lanterna (que usa pilhas, portanto temos de ser conservadores na sua utilização), uma pistola e até uma habilidade especial que desbloqueamos ao longo da história (quero evitar spoilers).
Como seria também de esperar de uma experiência tão curta, não existe grande variedade de inimigos nem de armas, o que acaba por não ser propriamente um problema pois não há tempo para se tornar entediante.
Felizmente posso dizer que os puzzles são divertidos de resolver e que por vezes até invoca um pouco sensações do primeiro Resident Evil neste aspeto (um edifício abandonado onde vamos desbloqueando mais secções aos poucos). Vamos percorrer corredores abandonados e salas macabras enquanto colecionamos chaves, códigos para portas e outros puzzles que requerem alguma investigação e dedução.
E claro, havendo uma pistola, existe também combate. Este não é claramente o foco da experiência. Ainda assim, é bem vindo pois ajuda a criar alguma variedade (não sendo só um walking simulator com jumpscare de vez em quando).
Qualidade de vida
No que toca a opções para mitigar o famoso enjoo de VR, estas simplesmente não existem. Acho indispensável ter uma de duas opções sempre disponíveis ao jogador, estas são:
- A opção de usar teletransporte como opção de movimento em vez de movimentação livre
- Ativar “visão de túnel” artificial.
Sem nenhuma destas opções torna-se praticamente impossível certas pessoas conseguirem jogar mais de 5 minutos sem terem de parar devido ao enjoo e vertigens.
Conclusão
Posso concluir dizendo que Afterlife VR é uma experiência curta mas que consegue cumprir, pela maior parte, o objetivo de assustar o jogador.
No entanto o facto de ter pouco mais de uma hora de duração. Juntando ao facto de não ter opções de qualidade de vida, faz com que seja um jogo um pouco limitado. Por 15 euros consigo recomendar a quem quiser apanhar uns sustos num hospital abandonado, mas modere as suas expectativas.
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