O smartphone é um aparelho incrível, capaz de trazer muita coisa boa para o nosso dia-a-dia, seja para o lado da produtividade ou para a parte do lazer. Isto é completamente inegável.
Mas, também pode ser um problema em certos contextos. As aulas por exemplo, é um contexto em que o smartphone traz mais de mau, do que de bom. É exatamente por isso que vai começar a ser proibido mais a sério.
Proibição de telemóveis até ao 6º ano? Pode acontecer!
Portanto, eu tenho 33 anos, e como tal sou do tempo em que era perfeitamente possível enviar uma mensagem num Nokia debaixo da mesa da sala de aula sem nunca olhar para o ecrã. A coisa saia mesmo perfeita, e até passava despercebida.
Agora? O smartphone rouba muito mais atenção, e ao contrário do Snake ou Bounce do passado, é capaz de oferecer muito mais entretenimento. É um problema em uma altura em que já é muito complicado captar a atenção dos mais jovens.
Assim, os telemóveis nas escolas voltam a estar no centro do debate político.
A Aliança Democrática (PSD e CDS) quer deixar de lado as recomendações e avançar com uma verdadeira proibição do uso de smartphones até ao 6º ano de escolaridade. Isto já a partir do próximo ano letivo, claro, caso vença as eleições de 18 de maio.
Isto é algo curioso, porque a série Adolescência, que está a dar que falar na plataforma de streaming Netflix (veja!), deu ainda mais gás ao tema, ao expor o lado mais negro da relação entre tecnologia e saúde mental.
Como funciona agora?
Por agora, é recomendando às escolas que limitem o uso de telemóveis nos 1º e 2º ciclos. Mas, como seria de esperar, isto significa que não existe consistência na implementação de regras. O que é válido em uma escola, já não é valido noutra.
Por isso, a partir de agora, a intenção é clara: proibir mesmo.
Resultados falam por si!
Podemos até dizer que o facto de não existirem regras gerais, significa que é possível analisar os resultados de cada escola.
Dito isto, a Escola Básica e Secundária Ferreira da Silva, que liderou o ranking das escolas públicas com melhor média nos exames em 2024, proibiu os telemóveis em janeiro. Coincidência ou não, os resultados foram os melhores do país.
Conclusão?
A guerra aos ecrãs está longe de acabar. Se a AD for Governo, os smartphones nas mochilas dos mais pequenos podem mesmo passar a ser coisa do passado. Ou pelo menos, vai tudo acontecer de forma um pouco diferente.