A Xiaomi tem tido um papel interessante no mercado. De facto, há qualquer coisa nesta marca que a torna muito apetecível para os consumidores. Assim, assistimos a legiões de fãs que a defendem com unhas e dentes. Acho que uma das principais mais-valias é permitir que qualquer pessoa tenha um smartphone com caraterísticas de topo, por um preço amigo da carteira.
No entanto, um dos aspetos mais definidores da Xiaomi pode estar para mudar em breve!
Até agora a Xiaomi tinha uma linha de equipamentos de topo um preço acessível
Se acompanha este fabricante, sabe que a linha Mi tem sido aquela que acolhe os equipamentos de topo. Por outro lado, a Redmi era onde se integravam os dispositivos com especificações mais modestas.
Apesar disto, os Mi sempre foram tendo um preço acessível.
Isto permitiu-lhes conquistar muito mercado.
Chegámos a fazer artigos na Leak referentes a promoções do Mi 8 com preços a situarem-se nos 318 Euros ou 1387 Reais.
Estamos a falar de um equipamento com um ecrã S-AMOLED e chipset Snapdragon 845. Ou seja, um topo-de-gama pelo preço de um gama média.
No entanto este tempo pode estar a chegar ao fim.
Um fã da Xiaomi colocou uma mensagem na rede social chinesa Weibo a elogiar o Redmi Note 7 e Mi 8. Na sua mensagem referiu que eram os equipamentos com melhor relação qualidade-preço.
Entretanto, o responsável de produto da Xiaomi, Wang Teng Thomas, respondeu e deu a entender que depois da gama Redmi, não haverá mais preços demasiado simpáticos.
É que a gama Mi vai ser algo de topo! Entendam por algo de topo, algo caro.
Mas afinal o que leva o diretor de produto da Xiaomi a dar esta resposta?
Bem, esta questão pode ser analisada de duas formas.
Por um lado, a Xiaomi pode estar a tentar escoar rapidamente o Mi 8.
Uma espécie de aproveitem enquanto há, já a preparar o lançamento do Mi 9.
Por outro lado, este pode ser mesmo o novo posicionamento da empresa.
A meu ver quem perde, eventualmente, é o consumidor!
De facto esta parece ser uma estratégia parecida com a da Huawei.
A Huawei começou no mercado a lançar equipamentos de entrada de gama com preços muito baixos. Foi conseguindo nome e bons acordos com os operadores, o que levou ao crescimento. Depois, com a marca já estabelecida, começou a apostar tudo nos topos-de-gama. Tenho de dizer que realmente são caros mas bons.
Este comportamento até é semelhante na recente separação da linha Redmi. Faz lembrar quase a relação da Huawei com a Honor.
Por tudo isto, não é de estanhar que a Xiaomi siga o mesmo caminho.
Com o fator qualidade garantido, só resta subir o preço dos smartphones.
Ainda assim, volto a dizer, quem sofre é o consumidor!
Entretanto já viu a nova impressora fotográfica lançada pela Xiaomi? Pode ler mais aqui.
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