A Intel não produz processadores para smartphones, na opinião de muitos porque não quer! Contudo, a verdade é que tentou, e perdeu dinheiro à sorte com esta mesma tentativa, algo que na minha opinião mostra um nível de incapacidade preocupante.
Afinal de contas, tivemos uma grande gama de processadores Intel Atom há alguns anos, para smartphones e tablets. Mas o seu rácio performance/eficiência não era grande coisa. No entanto, no início da luta, a gigante dos micro-processadores até teve uma vantagem na interface DRAM, mas rapidamente foi ultrapassada quando os processadores ARM começaram a usar tecnologia POP.
Muito resumidamente, a Intel gastou 10 mil milhões de dólares no desenvolvimento de processadores mobile! Sem sucesso…
Portanto, no fim, a Intel perdeu uma quantidade inacreditável de dinheiro, ao sair derrotada face aos esforços da Qualcomm, Apple, Samsung e Huawei (HiSilicon), que optaram pelo uso de núcleos ARM.
Caso não saiba, a estratégia por detrás dos processadores ARM passa por oferecer elevados níveis de performance, mantendo uma eficiência energética extraordinária. Dito isto, apesar de todas as empresas em cima licenciarem os núcleos da ARM, adoram fazer as suas modificações de forma a aumentar ainda mais a performance da sua solução personalizada.
Ainda assim, temos de dizer que os processadores Intel Atom para smartphones são completamente diferentes daquilo que podemos encontrar no mercado desktop. Ao fim ao cabo, estes CPUs iriam gastar a bateria de um smartphone em 10~20 minutos.
Um processador para smartphone precisa de ser um SoC completo (System on a Chip), onde podemos encontrar tudo ou quase tudo o que dá vida ao aparelho (À exceção da gestão de energia, memória e periféricos). Por isso, a Intel foi obrigada a desenvolver algo completamente novo, o que trouxe vários problemas para cima da mesa. Ou seja, de forma bem curiosa, a Intel meteu-se numa guerra que nunca teve hipóteses de vencer! Visto que se meteu numa indústria que já era maior que o PC (ARM).
Além de tudo isto, a Intel também decidiu criar o seu próprio departamento de modems! Que claro está, foi uma outra tentativa falhada, visto que a empresa perdeu outra quantidade inacreditável de dinheiro. Acabando por vender a sua tecnologia à Apple em 2019.
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