De todos os elétricos que chegam ao mercado em 2024~2025, o Polestar 4 é, sem dúvida, um dos mais intrigantes. Isto porque, é um modelo que desafia muito daquilo que é tido como normal. Mais concretamente, é um sedan de quatro portas, mas alto, além disso tem um perfil de coupé, porém com uma traseira familiar de uma carrinha.
Entretanto, comparado com o Polestar 2, que tivemos a oportunidade de testar várias vezes, é consideravelmente mais largo, alto e comprido, mas, surpreendentemente, mais barato nos Estados Unidos devido a tarifas anti-China que limitam as opções do Polestar 2 naquele mercado. Outra curiosidade? Ao contrário do resto da gama Polestar, o Polestar 4 é produzido na Coreia do Sul, na fábrica Renault-Samsung.
Ah, e não tem vidro traseiro. Isso mesmo.
Em vez disso, uma câmara assume a função de retrovisor, algo que é muito estranho para quem passou toda a sua vida a olhar para um espelho retrovisor.
Mas… Será que todas estas excentricidades são suficientes para catapultar a marca para o sucesso mainstream de que precisa como de pão para a boca?
Polestar 4: O Elétrico Mais Estranho e Interessante de 2025?
Primeira Impressão? Um Carro que Divide Opiniões
Inicialmente, o Polestar 4 é um carro estranho, mesmo muito estranho, com um visual que tem impacto mas acaba por não encaixar muito bem com o resto da linha Polestar. É também um automóvel que aposta forte e feio no minimalismo, o que por sua vez faz com que exista uma ausência de controlos físicos, até para funções básicas como os vidros elétricos.
Ao Volante… É Outra História!
Apesar do facto de ser um carro grande (mesmo muito grande), este Polestar 4 é um carro incrível para fazer viagens longas. É um papa kilómetros autêntico. A performance é brutal, sendo também um automóvel muito apontado. Para onde vira o volante… ele vai! Até na aceleração é impressionante, ao disparar dos 0 aos 100 km/h em apenas 3.6s.
Além disso, é também preciso salientar que a autonomia apresentada no ecrã é real. É um automóvel muito eficiente, ao ser capaz de oferecer perto de 500 quilómetros com uma condução “normal”.
Minimalismo a Mais?
O único grande calcanhar de Aquiles continua a ser o sistema de infotainment, algo muito normal nos automóveis modernos, que infelizmente obriga a usar o ecrã para tudo ou quase tudo.
Ainda assim, a coisa é mais ou menos aceitável, porque apesar de premium, é um interior muito simples. Por isso, faz sentido fazer mais com menos. Além disso, a Polestar faz um grande esforço na sustentabilidade, o que pode ser um fator decisivo para os consumidores mais preocupados com o impacto ambiental.
Um Rival à Altura dos automóveis Alemães super premium?
Será tudo isto suficiente para tornar a Polestar numa marca de luxo capaz de competir com a Porsche? Difícil de dizer, porque acredito que a Polestar ainda tem muito para caminhar para conseguir ganhar esse estatuto.
Mas, em termos de performance e qualidade de construção, ela está lá. Aliás, até na motorização e eficiência as coisas estão muito interessantes. Assim, se o futuro for mesmo elétrico, a Polestar parece estar a fazer tudo para ter um papel de destaque.