A Google quer que a sua gama de aparelhos Pixel seja diferente de tudo aquilo que já podemos encontrar no mercado, e bem! Adoro a mentalidade, especialmente em 2023 em que tudo parece igual, e nada se sente como uma novidade.
Mas, isto significa que a Google tem de fugir ao hardware que serve de base à grande maioria dos smartphones lançados no mercado, e isso pode significar algumas desilusões nos testes de performance.
Pixel 8: Smartphones incrÃveis, mas o processador desilude
Portanto, caso não saiba, os novos smartphones Pixel 8 que chegam agora a Portugal, não são baseados nos tradicionais processadores Qualcomm Snapdragon, MediaTek Dimensity ou Samsung Exynos, que são tão populares no ecossistema Android.
Em vez disso, a Google tem um SoC próprio, desenhado pela mesma, conhecido como Tensor G3. Curiosamente, é produzido nas linhas da Samsung, e segundo rezam as lendas, a Samsung até ajudou a Google a desenhar este mesmo SoC.
Dito isto, a Google sabe o que está a fazer! A gigante responsável pelo ecossistema Android sabe que este SoC é “teoricamente” mais fraco. Mas, a realidade é que a Google quer um SoC mais focado naquilo que interessa, para ser mais eficiente, e realmente rápido nas tarefas a que os consumidores dão importância.
Isto significa o quê? Bem, o Tensor G3 é mais lento que o Apple A14 Bionic (-21.5%), a base do iPhone 12 de 2020. Sendo obviamente significativamente mais lento que a atual geração de processadores mobile Apple A17 Pro e Qualcomm Snapdragon 8 Gen2. Mas… Isso interessa?
Na realidade não, especialmente porque esta diferença de performance vai sempre existir. Afinal de contas, os primeiros ‘leaks’ já apontam para um Tensor G4 pouco superior a este atual SoC que dá vida à gama Pixel 8.
Em suma, as especificações técnicas significam cada vez menos no mundo dos smartphones. Por isso, o melhor será mesmo experimentar os aparelhos quando finalmente chegarem à s lojas do costume. A Google promete uma experiência Android quase perfeita, ou melhor, a gigante da pesquisa promete uma experiência “realmente Android”, ou seja, como o sistema operativo sempre deveria ter funcionado.
Nós já temos o aparelho em mãos e vamos partilhar as nossas conclusões em breve.
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