No ano passado, a Google decidiu optar por uma estratégia um pouco diferente relativamente ao restante ecossistema Android, de forma a ganhar um pouco mais de controlo sobre o hardware que tem vindo a lançar no mercado. Sendo exatamente por isso que a gama Pixel 6 chegou às prateleiras com um processador Tensor, de design próprio, com algum apoio da Samsung à mistura, que no campo da performance, ficou um pouco aquém do que seria considerado ‘normal’.
A performance não estava ao nível daquilo que a Qualcomm e Apple ofereciam. Contudo, graças às muitas otimizações de software que a Google implementou, a coisa até resultou mais ou menos bem.
Ainda assim, em 2022, era esperado que os novos Pixel 7 já apostassem um pouco mais na performance pura e dura… Vai acontecer? Nop!
Pixel 7 Pro não vai melhorar grande coisa no processador
Portanto, o chip Tensor 2 que vai servir de base aos novos Google Pixel 7 e Pixel 7 Pro, continua a contar com núcleos de processamento antigos no lado do CPU, com as grandes melhorias a serem feitas na parte gráfica, ou seja, no GPU.
Este é o segundo processador ‘in-house0 da Google, novamente feito em colaboração com a Samsung. Um processador que de forma extremamente curiosa, foge ao padrão do mercado! Ou seja, em vez de um núcleo principal, três núcleos de apoio ‘médios’ e quatro núcleos de apoio mais ‘pequenos’, a Google opta por dois núcleos principais, dois médios e quatro pequenos.
Por alguma razão, para dar vida aos núcleos de média performance, a Google optou pelos mais antigos Cortex-A76, e não os mais recentes, mais poderosos e mais eficientes Cortex-A78.
O que tudo isto significa em termos de performance?
O Tensor G2 – gs201 (nome interno do SoC), vai assim contar com dois núcleos Cortex-X2, dois núcleos A76 e por fim, quatro núcleos A55. Isto significa um aumento de performance à volta dos 10% face ao Pixel 6 Pro do ano passado.
Melhorias que se devem ao facto do novo SoC ser produzido nas linhas de 4nm da Samsung. O que por sua vez, também deve significar uma boa melhoria na eficiência energética.
A juntar aos 10% no CPU, temos também um novo GPU Mali-G710, que pelos vistos é 20% mais rápido, e também 20% mais eficiente. Além de tudo isto, é esperado uma subida de 35% na aprendizagem máquina. Tudo boas novidades para o campo da captura de imagem a partir do módulo de câmeras traseiro.
Qual é o objetivo da Google?
É cada vez mais óbvio que a Google não quer ir atrás da performance. A Google quer equilíbrio nos seus produtos Pixel. Quer processadores eficientes, e bem desenhados, capazes de oferecer uma boa experiência de utilização, mais graças a software bem desenvolvido, e menos a processadores grandes, poderosos, mas quentes e caros.
A Google também se quer destacar, novamente, no campo da fotografia, e para isso, não há necessidade de ter o maior e mais recente grito tecnológico no campo do processador. Especialmente porque os smartphones Pixel chegam sempre ao mercado no fim do ciclo de vida dos tradicionais pesos pesados Android (Snapdragon e Dimensity).
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Acha que o Pixel 7 vai ser um sucesso, mesmo com um pico de performance mais baixo? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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