Pikmin 1 + Pikmin 2 Remastered (Análise Switch)

A Nintendo sempre foi, mas tem-se focado cada vez mais, em ser uma das maiores responsáveis por ataques de nostalgia a pessoal perto, ou já acima dos trinta anos. Afinal de contas, muitos de nós começámos as nossas “carreiras” de gamers na NES, na SNES ou até no Game Boy, o que nos leva a ter um carinho especial por muitos dos franchises desta gigante do entretenimento.

Dito tudo isto, entre estes franchises está o por vezes esquecido Pikmin, uma saga de jogos de aventura e puzzle/estratégia que teve o seu início na GameCube em 2001, e que teve o seu último grande lançamento numerado agora em 2023.

Como eu, houve muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de jogar estes clássicos, no meu caso foi porque optei por me converter à Sony e segui pelo caminho da PS2 nesta altura (mas nunca abandonei o meu Pokemon Leaf Green no GBA SP).

É então uma boa surpresa o facto de a Nintendo ter lançado os dois primeiros jogos deste franchise para a sua consola atual e com algumas melhorias no departamento gráfico. Será que estes são bons portes e será que se justifica os 50 euros pedidos por este pack?
Vamos descobrir com esta análise.

Pikmin 1 + Pikmin 2 Remastered (Análise Switch)

Gameplay

Neste departamento posso dizer que não existem praticamente alterações, tratando-se de um port da versão lançada para a Nintendo Wii que teve algumas melhorias de “qualidade de vida” e permite a utilização de motion controls, adaptando os mesmos para utilizarem a tecnologia giroscópio dos Joycons.

No primeiro Pikmin, o gameplay resume-se a controlar o capitão Olimar enquanto este usa os vários tipos de Pikmin (vermelho, amarelo e azul) para resolver puzzles e conseguir recuperar as peças da sua nave para conseguir fugir do planeta onde se despenhou, antes do oxigénio tóxico o matar.
A aventura é repartida em trinta dias que duram sensivelmente 15 minutos cada, é durante este período que temos de recuperara as peças, utilizando os nossos Pikmins da melhor forma.

Em Pikmin 2 temos o regresso do capitão Olimar e a introdução do seu colega de trabalho Louie. A premissa desta vez é que ambos estão de regresso ao planeta dos Pikmin, mas agora para acumularem tesouro de forma a salvar a sua empresa (que se encontra endividada) da falência. Aqui temos a introdução dos Pikmin brancos e roxos em adição aos vermelhos, amarelos e azuis originais (cada um com as suas habilidades especificas).
Outra grande diferença é a possibilidade de trocar entre Olimar e Louie com um simples click do botão, isto proporciona uma nova dimensão de estratégia e formas de resolver certos puzzles.

Dito isto, há algo que foi retirado a este segundo título e que pode afetar a nostalgia de alguns jogadores mais antigos. Devido a questões de copyright, os tesouros em questão deixaram de ser caricas da 7-Up ou pilhas da Duracell e passaram a ser simplesmente de uma marca inventada para o jogo (era assim tão difícil manter estas marcas?)

Em cada uma destas aventuras o gameplay consiste principalmente em encontrar os diversos tipos de Pikmin e literalmente atirá-los aos nossos problemas/obstáculos até que desapareçam.

Brincadeiras à parte e aprofundando um pouco mais, cada um dos tipos de Pikmin serve uma função específica. Por exemplo os vermelhos são resistentes ao fogo e têm maior poder de ataque. Os amarelos são mais leves e portanto podem ser lançados mais longe. Por fim, os azuis são resistentes à agua, etc…

É aqui que entra o elemento de estratégia! Na gestão do número e tipo de Pikmins que temos à nossa disposição. Especialmente na parte de saber quais os ideais para utilizar em cada situação.

Assim, como referi anteriormente, também é importante gerir quantas horas de luz ainda temos no dia. Porque se não levarmos os Pikmin de volta às suas “casas” antes do anoitecer, estes irão servir de comida aos predadores noturnos deste planeta.

Performance

Relativamente aos gráficos e à performance. Temos apenas o mínimo indispensável para justificar um lançamento na geração atual e não emulação. É certo que com uma resolução de 1080p, temos uma imagem muito mais nítida. (Especialmente quando jogamos em handheld), porém é aqui que terminam as melhorias.

Há também a questão do jogo correr a 30FPS, que apesar de serem estáveis (não havendo quedas na performance). Não encontro justificação para jogos tão antigos não correrem a 60FPS em hardware moderno. Especialmente quando não estamos a falar de emulação mas sim e um re-release HD.

Tirando estas questões, ambos os jogos continuam tão charmosos como no seu lançamento, não perdendo nenhuma da sua essência.

Conclusão

Posso concluir a dizer que Pikmin 1 e 2 foram uma ótima surpresa para mim.

É raro para alguém que já está habituado à atualidade do gaming pegar num jogo clássico e… Conseguir apreciar o mesmo sem ter os míticos “óculos de nostalgia” colocados!

Dito isto, acho que pedir 50 euros por este pack é um pouco puxado. Ainda assim, recomendo o primeiro e o segundo Pikmin tanto aos antigos fãs como a quem ainda nunca tinha experimentado. Um jogo incrível com aquele toque especial da Nintendo circa 2000.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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