Neste momento, em que estamos a mais ou menos 12 horas de um novo aumento recorde no preço dos combustíveis, é muito provável que esteja extremamente revoltado com as gasolineiras, e até com o nosso Governo, que apesar de não ser o culpado pelo aumento da matéria prima, parece incapaz de tocar nos cada vez mais pesados impostos em cima da gasolina e gasóleo. (Sejamos sinceros, os toques no IVA/ISP são claramente insuficientes, relativamente aos últimos aumentos!)
Provavelmente, até deve estar mais revoltado nesta altura, depois de saber que em vários países europeus, os preços dos combustíveis já desceram em resposta à queda no preço do petróleo, ao mesmo tempo que houve mexidas nos vários impostos associados às matérias petrolíferas.
Mas, sendo objetivo, sabe como é que funcionam os preços que vemos nas gasolineiras? Vamos por partes!
Petróleo desceu, mas preços vão subir. Sabe porquê?
Portanto, apesar dos muitos fenómenos inexplicáveis no mundo dos combustíveis, como é o caso do preço subir que nem uma flecha quando o petróleo sobe, e depois descer que nem uma pena, quando o inverso acontece… Existe mesmo uma explicação plausível para os preços subirem na próxima segunda feira.
É que caso não saiba, o preço nos postos de abastecimento é refletida através de uma média móvel, e não pelos preços diários nos mercados Internacionais. Mais concretamente, a cotação é a ARGUS North Sea Deated Crude, que tem uma média móvel a 10 dias.
Ou seja, apenas quando esta ‘média’ inverter, é que vamos ver um impacto significativo nos preços, esperemos, de queda. Além disto, é também enganador olhar apenas pelo BRENT, visto que a cotação internacional é sobre os produtos refinados e não somente sobre o Crude. É assim também preciso olhar para o Forties, Osberg, Ekofisk e Troll.
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