Novo estudo descobriu este perigo no seu micro-ondas!

Já ouviu falar do microbioma intestinal – a comunidade de bactérias, vírus e fungos que ajudam a manter os seres humanos e outros animais saudáveis. Mas o que dizer do microbioma do micro-ondas? Uma nova investigação revela que os fornos de micro-ondas são anfitriões das suas próprias comunidades distintas de micróbios, quer em cozinhas domésticas quer em escritórios. Muitos destes microrganismos conseguem sobreviver à radiação que aquece os alimentos e na realidade podem ser muito perigosos. São os chamados extremófilos. Assim muito cuidado com este perigo no micro-ondas e saiba o que deve fazer para não correr riscos.

Novo estudo descobriu este perigo no seu micro-ondas!

Os investigadores ligados a este novo estudo descreveram as suas descobertas num artigo publicado na quarta-feira na revista Frontiers in Microbiology.

“Um micro-ondas não é um local puro e imaculado”, afirma o coautor do estudo Manuel Porcar, um microbiologista da Universidade de Valência, em Espanha.

Estudos anteriores encontraram microbiomas noutros eletrodomésticos, incluindo máquinas de café e máquinas de lavar louça. Mas os investigadores estavam curiosos para saber se as mesmas comunidades existiam dentro dos fornos de micro-ondas, que utilizam ondas eletromagnéticas invisíveis para excitar as moléculas de água dentro dos alimentos. Quando as moléculas vibram, produzem calor.

Os extremófilos podem ser perigosos

A equipa analisou o interior de 30 micro-ondas em casa, em laboratórios científicos e em cozinhas partilhadas, como escritórios e cafetarias. Depois, fizeram culturas das suas amostras e esperaram para ver quais os microrganismos que floresciam, caso existissem. Também sequenciaram o ADN das suas amostras.

No final, cultivaram 101 estirpes das amostras, representando 747 géneros diferentes de bactérias. Muitas eram estirpes que se encontram frequentemente na pele humana e algumas eram conhecidas por causarem doenças de origem alimentar.

Como se suspeitava, a localização de cada micro-ondas afetou o seu microbioma. Por exemplo, os micro-ondas utilizados em laboratórios tinham as bactérias mais diversas – incluindo “extremófilos”, ou micróbios que conseguem suportar condições adversas.

A descoberta de extremófilos em micro-ondas não é assim tão surpreendente, dado que podem viver em “quase todos os ambientes de exposição extrema”, diz Belinda Ferrari, uma microbiologista da Universidade de New South Wales, na Austrália, que não esteve envolvida na investigação. Os extremófilos foram encontrados em fontes hidrotermais, no interior da crosta terrestre, na Antártida, na estratosfera e noutros locais.

O que deve fazer? 

Recomenda-se a desinfeção regular dos micro-ondas com uma solução de lixívia diluída ou com um spray desinfetante disponível no mercado.

Além disso, é importante limpar as superfícies interiores com um pano húmido após cada utilização para remover quaisquer resíduos e limpar imediatamente os derrames para evitar o crescimento de bactérias.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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